A diretoria do Maringá Futebol Clube decidiu dar um basta aos erros arbitrais contra o Dogão. Depois do pênalti não marcado no jogo de ontem, 18, contra o Cianorte quando a partida estava 2 a 1 para o onze da Cidade Canção, um ofício foi enviado à Federação Paranaense de Futebol elencando quatro erros que tiraram pontos preciosos do Dogão. No texto, o time reclama um gol anulado contra o Athletico em Curitiba, reclama também de um gol anulado na partida vencida por 2 a 1 no WD contra o São Joseense, e um terceiro gol anulado contra o Azuriz na partida que terminou 1 a 1 em Pato Branco. Ao todo, o Dog teria deixado de somar 6 pontos.
Veja o vídeo enviado à FPF com os erros elencado pelo Dogão:
O Dogão publicou também Nota Oficial sobre o tema: Leia o documento na íntegra.
“O Maringá Futebol Clube vem por meio desta nota oficial, informar e ao mesmo tempo esclarecer publicamente, sobre as atitudes realizadas diante dos erros de arbitragem que aconteceram durante o Campeonato Paranaense 2024 e que prejudicaram o clube em pelo menos quatro partidas.
Deixamos claro que a nossa diretoria se manifestou em todos os momentos, com diálogos e reuniões informais com a Federação Paranaense de Futebol, diretamente com o gerente de competições da instituição, Orlando Colaço e com a comissão de arbitragem do Paraná, por meio do presidente da Comissão de Arbitragem, Anderson Carlos Gonçalves, esperando assim, uma atenção maior para que não houvessem mais erros decisivos, tanto em nossos jogos, quanto em outras partidas da competição. No entanto, as decisões equivocadas continuaram acontecendo e, em nossa última partida, diante do Cianorte, mais uma vez fomos gravemente prejudicados por um erro do árbitro, que influenciou diretamente no resultado final e na classificação da competição.
Em 10 partidas disputadas nesta primeira fase, tivemos ao menos, quatro erros identificados que influenciaram diretamente nos resultados das partidas e que, após contestados junto à Federação Paranaense, foram confirmadas as decisões equivocadas da arbitragem.
No dia 24 de janeiro, pela 3ª Rodada do Paranaense, tivemos um gol anulado, ainda no primeiro tempo, do meio-campista Serginho, após o árbitro ter confirmado o gol e o assistente ter se direcionado para a linha do meio de campo, quando o gol é validado, no entanto, após pressão e clara influência externa, o quarto árbitro Anabi de Araujo Lopes e o próprio assistente, Ivan Carlos Bohn, voltaram atrás da decisão inicial e, mesmo após o reinício do jogo, pelo árbitro Marco Antônio dos Santos Travessolo, o jogo foi paralisado e o gol anulado. A partida terminou 1 a 1. O erro em questão foi caracterizado como “de direito”, que poderia impugnar a partida.
Na sexta rodada, no dia 05 de fevereiro, no confronto diante do São Joseense, no Estádio Regional Willie Davids, mais uma vez tivemos um gol mal anulado, no segundo tempo de jogo, do lateral Caíque, após cruzamento do Marcos Vinícius. No lance, o assistente 2, Matheus Gurski Szymczak, assinalou impedimento, erroneamente, do lateral Marcos Vinicius, após receber a bola em profundidade para realizar a assistência ao gol, influenciando assim, o resultado final do jogo. Na partida, vencemos pelo placar de 1 a 0 e o árbitro da partida foi Maykon Brito de Freitas.
O terceiro gol mal anulado e que mais uma vez interferiu no resultado final da partida, foi diante do Azuriz, no dia 08 de fevereiro, pela 7ª rodada da competição. A partida estava empatada em 1 a 1 e, em uma cobrança de escanteio, já no terço final do jogo, dois atletas da equipe adversária se chocam no alto, acontece o gol contra e o árbitro Robson Babinski assinala falta do ataque do Maringá, sem mesmo um atleta do clube disputar no alto com os defensores, impedindo o eventual gol da vitória da equipe.
O último e mais recente erro, ocorreu neste domingo, 18 de fevereiro, no confronto com o Cianorte, pela 10ª Rodada da competição. Aos 27 minutos da etapa final, com o placar favorável em 2 a 1 para o Maringá FC, o meio-campista Iago Santana recebe em condições legais dentro da área, dribla o goleiro, que em momento algum, encosta na bola, há o choque com o atleta, ele é derrubado dentro da área e o árbitro assinala simulação e penaliza o atleta do Maringá com cartão amarelo. O lance é claro, acontece o choque, até porque o goleiro adversário precisou ser substituído, não há o contato com a bola, o assistente 2, Daniel Pereira Meirele assinala pênalti, e o árbitro Leonardo Ferreira Lima, erroneamente toma sua decisão, prejudicando mais uma vez o Maringá FC e a competição.
Foram quatro lances decisivos na competição que fomos prejudicados e podemos ter deixado de somar mais seis pontos, o que nos colocaria na liderança do campeonato. Não acreditamos em má fé dos profissionais que estão trabalhando, mas sim, em um despreparo técnico e emocional que afeta diretamente uma competição prestigiada como o Campeonato Paranaense e, principalmente, clubes que trabalham honestamente, que possuem seus investimentos e que enfrentam suas dificuldades para se manterem em atividade em alto nível.
Entendemos que todos estão passíveis de erros, por isso, também defendemos o uso do árbitro de vídeo, inclusive já em todas as fases decisivas da competição. Esperamos que seja dada a atenção necessária e que erros como estes citados não voltem a ocorrer, principalmente com tanta frequência. Informamos também, que já protocolamos um ofício junto à Federação Paranaense de Futebol e à Comissão de Arbitragem do Paraná, agora de forma oficial e pública, com os conteúdos aqui citados.
Nos colocamos desde já à disposição para qualquer esclarecimento ou auxílio que possamos contribuir e ajudar tanto a Federação Paranaense de Futebol, quanto a Comissão de Arbitragem do estado.
Sem mais para o momento”.