Nas contas das agências oficiais, não confirmados por fontes independentes, uma semana de protestos no Irão já fez 35 mortos e mais de 730 detidos. As manifestações começaram a 16 de setembro, o dia da morte de Mahsa Amini – a jovem de 22 anos que tinha sido presa três dias antes, em Teerão, por uso “impróprio” do veu islâmico.
As forças de segurança iranianas utilizaram nos últimos dias gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, mas não há sinais de abrandamento da contestação a um regime que tem limitado as liberdades individuais; sobretudo os direitos das mulheres.
O presidente iraniano veio afirmou que as autoridades devem “lidar com determinação com aqueles que se opõem à segurança e tranquilidade do país”. Ebrahim Raisi regressou esta sexta-feira a Teerão depois de ter estado em Nova Iorque a participar na Assembleia Geral da ONU.
As palavras “Mulheres, vida, liberdade” ecoam em várias cidades iranianas naquele que é considerado o maior protesto desde 2019. Uma constestação que já atravessou fronteiras. Por todo o mundo, multiplicam-se as manifestações de defesa dos direitos das mulheres e das liberdades individuais no Irão. euronews