Itaipu participa do 25º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

O diretor de Coordenação, Carlos Carboni, participou da abertura do principal evento de gestão da água no Brasil, que reúne também 17 especialistas da usina

foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, participou da solenidade de abertura do 25º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, na noite desse domingo (19), no Centro de Convenções AM MALLS, em Aracaju (SE). Dezessete especialistas das diretorias de Coordenação e Técnica da usina participam da programação do evento, com apresentação de trabalhos técnicos e em mesas de diálogos.

O simpósio prossegue até sexta-feira (24). O objetivo é promover o fortalecimento do diálogo e as ações dos países latinos rumo ao 10º Fórum Mundial das Águas, que ocorrerá em Bali, na Indonésia, de 18 a 24 de maio de 2024. Itaipu conta com estande no local.

Paralelamente, acontece o 1º Fórum Latino-Americano da Água, na terça-feira (21) e quarta-feira (22). O evento estará estruturado em três eixos: plataforma temática, diálogo político e fórum cidadão. Os debates acontecerão em seis grandes temas que foram discutidos no encontro preparatório. São eles: Água e Meio Ambiente, Água e Desenvolvimento, Água e Clima, Água e Cooperação, Água e Inovação e Água e Financiamento.

Nos encontros, especialistas, acadêmicos, poder público e a comunidade compartilham conhecimentos e experiências sobre um bem precioso, em especial para a Itaipu, que é a água.

O diretor de Coordenação reforçou que a Itaipu é a usina hidrelétrica que mais produziu energia no planeta, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e do Paraguai. “Esse feito só é possível por conta da abundante disponibilidade de água do Rio Paraná. Por isso, o cuidado desse bem tão essencial faz parte do DNA da empresa.”

Segundo ele, a Itaipu, desde sua criação, desenvolve inúmeras ações para o monitoramento qualiquantitativo dos recursos hídricos, para a proteção das florestas, conservação do solo e da biodiversidade, incentivando pesquisas e inovações voltadas a essa temática.

FOTO: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

O diretor também comentou sobre o Programa Itaipu Mais que Energia, que irá recuperar 9 mil nascentes, levar água potável a 10 mil famílias de comunidades rurais e tradicionais, adequar mais de 1.000 km de estradas rurais para minimizar a produção de sedimentos, assim como implantar 65 Unidades de Valorização de Recicláveis para impedir que resíduos contaminem os recursos hídricos, evitar a emissão de 30 mil toneladas de CO2 por ano para a atmosfera com implantação de sistemas fotovoltaicos e aproveitamento de resíduos para a geração de biogás.

“Num cenário cada vez mais desafiador para a sociedade em relação aos recursos hídricos, com demandas cada vez maiores por esse bem e mudanças no clima impactando diretamente a segurança hídrica das nossas populações, convido todas e todos para que sejam agentes protagonistas em busca de soluções para as águas do Brasil e da América Latina”, finalizou Carboni.

 

Participação da Itaipu

Na terça-feira (21), a Itaipu apresenta o case Água e Cooperação, durante a tarde. A sessão abordará discussões e exemplos de como avançar neste trabalho de cooperação por meio de acordos para a gestão compartilhada desses corpos hídricos. A apresentação ficará a cargo de Simone Benassi e Ana Carolina Gossen Siani, da Divisão de Reservatório dos lados brasileiro e paraguaio, respectivamente.

Já na quarta-feira (22), das 9h30 às 11h, dentro do tema Água e Meio Ambiente, Simone falará sobre “O acesso a água potável na América Latina para as populações em situação de vulnerabilidade”, trazendo informações sobre o programa Itaipu Mais que Energia.

Outro trabalho será apresentado pela professora Dra. Roseli Benassi, da Universidade Federal do ABC, realizado em parceria com os colegas dos Departamentos de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu e Fundação Parque Tecnológico Itaipu, intitulado “Avaliação e projeções temporais do Índice de Estado Trófico dos afluentes que abastecem o Reservatório de Itaipu ao longo de série histórica de 1995 a 2019”. O estudo apresenta uma avaliação da qualidade das águas dos afluentes que abastecem a usina, avaliando o grau de eutrofização das águas (se a água está em boas condições para os usos múltiplos).

Também será apresentado o trabalho “Processamento e análise de qualidade dos dados de medição de vazão obtidos com perfiladores acústico Doppler (ADCP) e sua relevância para o monitoramento hidrológico”. O estudo foi feito por Carlos Antônio Jarquin, Clarice Buarque de Macedo Lira, Elio Emanuel Romero Lopez e Suelen Ruiz Lisboa, todos da Diretoria Técnica. O trabalho destaca a importância da padronização da metodologia de aferição da qualidade das medições de vazão, para garantir a melhor estimativa possível da água que chega ao reservatório de Itaipu.

Outro estudo que será apresentado é a “Classificação de imagens de satélite para estimativa de cheias: um estudo de caso do rio Amambay”. O trabalho explora o uso de imagens de satélite para a delimitação de corpos hídricos e a estimativa de seus respectivos níveis de água, auxiliando a gestão dos recursos hídricos em situações de cheias. A pesquisa é de Cecilia Arasy Cantero Núñez, Pablo Souza dos Santos e Clarice B. M. Lira, engenheiros e técnicos da DT.

Também está na grade da programação o estudo “Secas nas maiores usinas hidrelétricas brasileiras no período de 1981-2023″, de autoria de Daniel Bartiko e Pablo Souza dos Santos, da Itaipu, e Pedro Luiz Borges Chaffe, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Yuuji Fukui, da Divisão de Programação e Controle da Produção, apresentará um estudo sobre “Comparação do compartilhamento de recursos hídricos feito em Itaipu, em Yacycretá e em Salto Grande”. O trabalho tem coautoria de Cláudio Augusto Gomes Silva Mota, Cássia Arndt Wutzke, Priscylla Klein e Luciana Piccione Colatusso.

Promoção

O 25º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos é promovido pela ABRHidro. Já o Fórum Latino-americano da Água está sendo organizado pelas instituições Rede Brasil de Organismos de Bacias (REBOB), Rede Latino-Americana de Organismos de Bacias (RELOC), ABRHidro, Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) e da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). O evento conta ainda com o apoio organizacional da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). ASC/ITAIPU