Os italianos aproveitaram o bom tempo deste sábado para saírem à rua, em especial nas grandes cidades, antes de as novas restrições entrarem em vigor segunda-feira, afetando cerca de 48 milhões de habitantes nas 10 regiões entretanto colocadas a “vermelho” no mapa da Covid-19.
Apesar de terem vivido mais um dia com 26 mil novas infeções e 317 mortes ligadas ao SARS-CoV-2, há quem não concorde com o novo confinamento imposto pelo Governo de Mario Draghi.
Lucia Mollterni, professora do ensino secundário em Roma, nem consegue perceber. “Em especial depois de um ano com uma receita que não resultou. Porque não mudar a receita?” pergunta.
“Não sou perita nem sou médica, mas de um ponto de vista psicológico isto representa um prejuízo incalculável. Já para não falar do plano económico, em todas as classes. Estou absolutamente em desacordo”, sublinhou Lucia Mollterni.
Para a posteridade, ficam as imagens de Roma, onde as ruas se encheram de gente a tentar desfrutar do que parecia ser último fim de semana disponível.
A polícia viu-se obrigada inclusive a fechar partes do centro histórico, como a Fonte de Trevi, para tentar reprimir os ajuntamentos de multidões.
Em Milão, as autoridades também foram mobilizadas para tentar reprimir os ajuntamentos e tiveram mesmo de intervir para dispersar um grupo de 200 pessoas concentrada numa zona conhecida pelo convívio social.
Na sexta-feira, 14 pessoas foram pegas descomprindo os decretos de flexibilização, essas pessoas estavam em um retaurante após o toque de relher onde eram atendidas por três empregados.
Nápoles foi, talvez, um dos bons exemplos. As medidas do presidente do governo regional de Campânia foram de uma forma geral respeitadas e, de acordo com a agência Ansa, nas ruas parecia haver mais agentes da polícia que civis.
Fonte: Euro News