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Jesus toca fisicamente para curar espiritualmente. Por Padre Leomar Antonio Montagna

"Reflexão: Liturgia do XXIII Domingo do Tempo Comum, ano B – 05/09/2021"

Por O Fato Redação
05/09/2021
em Espiritualidade, Padre Leomar Montagna
Jesus toca fisicamente para curar espiritualmente. Por Padre Leomar Antonio  Montagna

Na Liturgia deste Domingo, XXIII do Tempo Comum, veremos, na 1a Leitura (Is 35, 4-7), que o profeta anuncia, com esperança e otimismo utópico, ao povo sofrido do exílio, um sinal eminente da sua libertação: a cura de surdos, mudos, coxos e cegos, isto é, cada pessoa recuperará sua identidade e viverá com dignidade no pleno uso de suas capacidades.

 

Na 2ª Leitura (Tg 2, 1-5), Tiago nos convida a ver e acolher, em primeiro lugar, a pessoa e não os “penduricalhos”, adverte-nos para não discriminar as pessoas e acolher com especial bondade os pequenos e os pobres. A vivência cristã deve se fundamentar na imitação de Cristo que não usa de favoritismos pessoais e, se tem predileções, estas são pelos pobres e fragilizados. Sobre este comportamento divino, a comunidade cristã modela todo o seu agir e se julga a si mesma. Toda discriminação social é abominável aos olhos de Deus.

 

No Evangelho (Mc 7, 31-37), vemos que Jesus abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo, sinal da presença de seu poder salvífico: “Tudo ele tem feito bem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem”. A intenção do evangelista Marcos, neste trecho, é mostrar que os verdadeiros surdos são os discípulos de Jesus que, apesar de estarem na companhia do Mestre, de ouvirem seus ensinamentos e verem sua prática, ainda não entendem que tipo de Messias ele é. São cegos, surdos e mudos, porque, além de não entenderem quem é Jesus, também não conseguem anunciar o seu evangelho com lucidez.

 

O milagre relatado neste texto é um sinal para dizer o que Jesus faz a uma pessoa no plano físico e indica o que Ele quer fazer a cada um, também, no plano espiritual. O homem curado por Cristo era surdo-mudo, não podia comunicar-se com os outros, ouvir sua voz e expressar seus próprios sentimentos e necessidades. Se a surdez e mudez consistem na incapacidade de comunicar-se corretamente com o próximo, de ter relações boas e belas, então, devemos reconhecer que todos somos, uns mais, outros menos, surdos-mudos, e é por isso que Jesus dirige a todos aquele grito: efatá, abre-te! A diferença é que a surdez física não depende do sujeito e é totalmente sem culpa, enquanto a surdez moral é culpável. É essencial para os discípulos abrir-se à palavra de Jesus. Só assim eles poderão ser transformados por ela, e, só assim, poderão transmitir ao mundo a novidade que Jesus vem realizar: “Ele tomou nossas fraquezas e carregou nossas enfermidades” (Mateus 8, 17).

 

Hoje, ainda nos deparamos com surdos e mudos que se enclausuram em si mesmos, não se abrem aos outros, não criam um canal de comunicação com os semelhantes nem reconhecem suas necessidades. O que, contudo, decide a qualidade de uma comunicação não é simplesmente falar ou não falar, mas o amor. Santo Agostinho, num belo texto sobre a caridade, já nos dizia: “Não se distingam as ações humanas a não ser pela raiz da caridade. Uma vez por todas, foi-te dado somente um breve mandamento: Ama e faze o que quiseres. Se te calas, cala-te movido pelo amor; se falas em tom alto, fala por amor; se perdoas, perdoa por amor. Tem no fundo do coração a raiz do amor: dessa raiz não pode sair senão o bem! (Comentário da 1ª Epístola de São João VII, 8).

 

Encerro esta reflexão dizendo que, para Santo Agostinho, a grande realização da caridade é a de tornar-nos semelhantes a Deus, o que comporta dois aspectos: O primeiro diz respeito ao momento da criação, quando Deus faz o homem à sua imagem e semelhança; neste sentido, todo homem carrega dentro de si esta imagem divina. Um segundo momento é quando o homem, por sua livre vontade, deve esforçar-se para imitar o modo de amar de Deus; neste último aspecto, tornam-se semelhantes a Deus os que O buscam e O amam verdadeiramente. Este segundo momento é, na verdade, uma restauração do primeiro, visto que, ao assemelhar-se a Deus pela caridade, o homem não está fazendo outra coisa senão restaurando em si a imagem divina deteriorada pelo egoísmo. Assim, ao tornar-nos semelhantes a Deus, a caridade nos faz também filhos seus: “A caridade é o único sinal que distingue os filhos de Deus dos filhos do demônio” (Comentário da 1ª Epístola de São João V, 7). Assim como entre os homens é a semelhança física o que caracteriza alguém como filho de outrem; do mesmo modo, o sinal distintivo dos verdadeiros filhos de Deus é, exatamente, a vivência da caridade. Embora muitos aleguem ser filhos de Deus, somente os que amam com caridade, de fato, o são. Portanto, se quisermos ser realmente felizes, não devemos perder tempo com amores frívolos, egoístas e passageiros; ao contrário, amemos, sem reservas, a todos: parentes, amigos, inimigos e, especialmente, os pobres deste mundo. Seremos felizes nesta vida e por toda eternidade se todas as nossas ações forem movidas pelo amor, mas não por qualquer amor, e sim por aquele que chamamos de amor fraterno ou de perfeita caridade.

 

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

 

 

Pe. Leomar Antonio Montagna

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR

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