Kirsty Coventry foi eleita presidente do Comitê Olímpico Internacional, tornando-se a primeira mulher e a primeira africana a ocupar o cargo mais importante do esporte mundial.
A ministra dos esportes do Zimbabué e duas vezes medalhada com o ouro na natação olímpica obteve uma vitória surpreendente na primeira vez do concurso de sete candidatos, depois de ter sido votada por quase 100 dos seus colegas na corrida para membro do COI, na quinta-feira.
A candidata tem um mandato de oito anos, até 2033.
Esta foi a eleição presidencial do COI mais aberta e difícil de decidir das últimas décadas, sem que tenha havido uma clara liderança antes da votação. Muitos previram que uma maioria absoluta poderia levar várias rondas de votos para ser assegurada.
A vitória de Coventry foi também uma vitória para o presidente cessante do COI, Thomas Bach, que há muito a vinha promovendo como sua sucessora. O presidente não fez uso do seu direito de voto.
“Vou deixar-vos a todos muito, muito orgulhosos e, espero, extremamente confiantes na decisão que tomaram”, disse Coventry no seu discurso de aceitação. “Agora temos de trabalhar em conjunto”.
Ao subir ao pódio, foi felicitada e beijada em ambas as faces por Juan Antonio Samaranch, que era o seu rival mais próximo na votação.
Na corrida estavam também quatro presidentes de organismos esportivos: Sebastian Coe, do atletismo, Johan Eliasch, do esqui, David Lappartient, do ciclismo, e Morinari Watanabe, da ginástica.
Também concorreu o Príncipe Feisal al Hussein da Jordânia.
Coventry substituirá formalmente o seu mentor Bach a 23 de junho, oficialmente o Dia Olímpico, como o 10º presidente do COI em 131 anos de história. Bach atingiu o máximo de 12 anos no cargo.
Os principais desafios de Coventry, de 41 anos, serão a condução do movimento olímpico através de questões políticas e esportivas até aos Jogos de verão de 2028, em Los Angeles, incluindo o envolvimento na diplomacia com o presidente dos EUA, Donald Trump.
O Comitê Olímpico Internacional de Coventry terá também de encontrar um anfitrião para os Jogos de verão de 2036, que poderão ir para a Índia ou para um país do Médio Oriente.
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