A empresa pública Portos do Paraná já retomou as atividades para a derrocagem da Pedra da Palangana, mas a data da explosão das rochas ainda não foi confirmada oficialmente. O trabalho de perfuração das rochas e detonação está programado para começar na sexta-feira (27).
Correndo contra o tempo, a cacique da aldeia Tekoá Takuaty, Juliana Kerexu Mirim Mariano, encabeça um abaixo-assinado para pedir maiores informações sobre as consequências ao meio ambiente e às comunidades insulares da baía de Paranaguá. Seis dias depois de ser lançado, na tarde deste domingo (22), apenas 2.624 pessoas haviam apoiado o texto.
A aldeia de Juliana Kerexu fica na Ilha da Cotinga, uma das 30 ilhas habitadas por comunidades tradicionais. O texto do abaixo-assinado informa que “pescadores artesanais, comunidade indígena, ambientalistas, pesquisadores, artistas e comunidade de Paranaguá e Litoral do Paraná para frear a obra, chamada de derrocagem.
O abaixo-assinado resume os questionamentos das comunidades, de estudiosos e até do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, que moveram uma ação civil para suspender a obra.
A ação civil pública pede o mesmo que a líder indígena: elaboração de estudo e relatório de impacto ambiental específico para a derrocagem e audiências públicas. O Tribunal Regional Federal (TRF-4) deu razão à Portos do Paraná que tem licenciamento o Ibama para a dragagem dos acessos do porto que inclui a derrocagem.
Acesse o site e o abaixo-assinado: https://pedrapalangana.eco.br/
Empresa já iniciou processo e diz que visitará comunidades
Nesta sexta-feira (20), a empresa do Governo do Estado colocou no ar uma página “com informações completas sobre todo o processo, incluindo vídeo explicativo, perguntas e respostas, materiais gráficos, matérias e histórico”.
“No acesso ao porto, na altura da Pedra da Palangana, embarcações e boias já estão posicionadas, porém não é para o início imediato da obra. A mobilização ocorre para a testagem dos equipamentos de proteção que serão utilizados. Nesta sexta-feira, o consórcio responsável realiza o teste da cortina de bolhas, medida de mitigação que será utilizada durante as obras. Todo o processo deve durar cerca de oito meses.
Segundo a Portos do Paraná, novas visitas serão feitas às comunidades pesqueiras para esclarecer possíveis dúvidas restantes, iniciando nesta sexta-feira (20), na Vila Guarani e Ilha dos Valadares.
Veja a página da Portos do Paraná: http://www.portosdoparana.pr.gov.br/Pagina/Saiba-mais-sobre-derrocagem