A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou o seu segundo Relatório Global sobre Hipertensão, onde revelou que 1,4 bilhão de pessoas viviam com a doença em 2024. O relatório foi apresentado durante a 80º Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Segundo o documento, apenas 28% dos países de baixo rendimento relatam disponibilidade de todos os medicamentos recomendados pela OMS.
Impacto global
A hipertensão é uma das principais causas de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença renal crónica e demência, que podem ser prevenidas e tratadas com acesso adequado a cuidados de saúde.
De acordo com a agência, entre 2011 e 2025, as doenças cardiovasculares terão custado aos países de baixo e médio rendimentos, US$ 3,7 trilhões, o equivalente a cerca de 2% do seu PIB combinado.
O diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus afirmou que “a cada hora, mais de mil vidas são perdidas devido a acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos causados pela hipertensão arterial, e a maioria dessas mortes é evitável”. Acrescentou que, “com vontade política, investimento contínuo e reformas para incorporar o controle da hipertensão nos serviços de saúde, podemos salvar milhões de vidas e garantir cobertura universal de saúde para todos.”
Barreiras persistentes
O relatório analisou dados de 195 países e territórios, e concluiu que 99 deles têm taxas de controlo da hipertensão inferiores a 20%. A maioria das pessoas afetadas vive em países de baixo e médio rendimentos, onde os sistemas de saúde enfrentam restrições de recursos.
As principais barreiras incluem falta de políticas de promoção da saúde, acesso limitado a aparelhos de medição, escassez de protocolos, cadeias de abastecimento e medicamentos caros. A OMS destaca ainda a importância de formar equipas de cuidados primários e garantir proteção financeira aos pacientes. ONU NEWS




