Uma verdadeira atmosfera de festa recepcionou a caravana do Cinema na Praça em Paranapoema na primeira noite de exibições do projeto no mês de agosto.
Mais de 850 moradores da pequena cidade de apenas 2400 habitantes prestigiaram as duas sessões gratuitas do projeto do Governo do Paraná que em sua quarta edição tem financiamento da Lei Paulo Gustavo através do Ministério da Cultura do Governo Federal.
Praça lotada e clima agradável colaboraram para o sucesso da 49ª nona etapa de uma viagem que começou em fevereiro em Pontal do Paraná e que só vai terminar no final de setembro em Castelo Branco na região de Maringá. Até lá, a trupe de profissionais da Casa do Verbo terá visitado 65 cidades.
O sucesso de público na noite desta quarta-feira (14) em Paranapoema também fez bem a economia. O comércio da cidade, sobretudo bares e quiosques lotaram, e alguns como Jurandir de Souza, dobraram o faturamento.
“Onde tem gente vocês sabem, as pessoas vem mesmo e o consumo aumenta, e um projeto legal como é esse Cinema na Praça atrai o povo mesmo; as pessoas vieram comer nosso famoso Caldo de kenga, tem espetinho também e hoje o movimento aumentou mais de cem porcento”, disse Jurandir.
Um estudo do Observatório Itaú Cultural mostra
que o PIB da economia da cultura e das indústrias
criativas supera o da indústria automobilística.
O Jurandir e sua família dobraram o faturamento, e olha que ele teve a concorrência da pipoca que o projeto Cinema na Praça distribui de graça ao público. Danilo Pinheiro, profissional do segmento da Cultura que neste projeto atua como assistente de direção de executiva e faz as vezes do personagem pipoqueiro do Cinema na Praça, informa que só em Paranapoema foram distribuídas mais de 600 copinhos de pipoca personalizados.
O sucesso do caldo de kenga do Jurandir e da pipoca do Danilo não ofuscaram o sucesso dos dois filmes nacionais projetados no calçadão da cidade. O filme infantil “As aventuras do Avião Vermelho” fez a criançada grudar os olhos na tela durante a primeira sessão. Para não perder nem um segundo da história, meninos, meninas e até os cachorrinhos presentes no local se acomodaram nos cinquenta tatames disponibilizados especialmente para acolhê-los.
A diretora de produção Rô Fagundes explicou ao público na abertura do evento que além dos tatames e das 400 cadeiras que a plateia ocupava, haviam lixeiras para o correto descarte de resíduos. Ao lado da diretora durante a cerimônia de abertura, estava Bruno, intérprete de Libras, língua brasileira de sinais. A presença dele faz parte do conjunto de ações de acessibilidades previstas no projeto. Além disso, o Cinema na Praça oferece ao público cego, fones com audiodescrição, e para pessoas portadoras de autismo ou com problemas auditivos, o projeto reserva também fones abafadores.
Francisco Pinheiro, diretor da Casa do Verbo, agência Cultural que atua o projeto nas 65 cidades dessa rota, comemorou o sucesso que o Cinema na Praça é na vida das pessoas que o recebem.
Chico lembra que mais de 36 mil pessoas que moram em cidades que não tem salas de exibição de filmes puderam assistir aos filmes que o projeto já levou às primeiras 49 cidades.
“Muitas dessas pessoas, crianças, adultos e idosos, nunca tinham assistido a um filme em uma tela de cinema, e nosso projeto traz para as cidades verdadeiras estruturas de cinema. O telão de led é gigante e de alta definição; o som é de última geração e toda a estrutura e serviços são similares para que o público se sinta realmente em uma sala de cinema. O Cinema na Praça tem essa função, levar a sétima arte ao alcance do maior número de pessoas possíveis, e acho que estamos conseguindo”, explicou.
Nesta quinta (15), o Cinema na Praça levará mais dois filmes a outra cidade; dessa vez será em Santo Inês as 19h na Praça da Igreja Matriz.
Veja na arte abaixo, onde mais o Cinema na Praça estará no mês de agosto:
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