A SAF Maringá Futebol Clube perdeu por 2 a 1 em Recife para o Naútico. Os gols do Naútico foram marcados no primeiro-tempo por Igor Pereira logo aos oito minutos e Patrick aos 28. Negueba reduziu o dano cobrando pênalti duvidoso aos 16 do segundo-tempo. O Dogão segue sem vencer. Agora são cinco partidas seguidas na Série C sem saber o que é somar três pontos. Apesar da derrota, segunda no certame, o Dogão permanece em sétimo lugar com 13 pontos no Brasileiro da Série C. O time volta a campo no sábado (28) às 19h30 para enfrentar a Ponte Preta.
O JOGO:
O Naútico só precisou de um minuto para mostrar que tinha intenção de dificultar muito as coisas para a SAF Maringá F.C. Marco Antônio aproveitou falha do sistema defensivo e já dentro da grande área bateu forte e rasteiro no canto esquerdo de Toni que fez grande defesa e salvou a pátria. Aos cinco minutos Toni salvou pela segunda vez, mas na terceira aos oito, não deu para o extremo defensor que viu o número cinco Igor Pereira receber bola no centro do campo, disparar em direção ao gol ganhando na corrida de todo mundo e bater forte e rasteiro da entrada da área para abrir o placar para o time de Recife.
Depois do gol, o Dogão não mostrou poder de reação e o Naútico continuou mandando no jogo; e antes de fazer o segundo criou pelo menos mais duas boas chances. Aos 28 minutos, o que se anunciava, se concretizou. Kevin pegou a bola na intermediária, fez vários dribles diante de uma defesa passiva, passou para Patrick Allan que bateu rasteiro da entrada da área para fazer o 2 a 0.
Só aos 33 minutos o Dogão conseguiu levar perigo ao gol de Muriel. Negueba levanta bola no primeiro pau, a bola toca em Matheus Silva e o fogo amigo só não vira gol porque o goleiro do Timbu estava atento e fez grande defesa colocando para escanteio.
Apesar do Naútico continuar prevalecendo na ações, o Dogão chegou mais uma vez com perigo aos 43 minutos com um chute de Pingo de fora da área. O meio-campista tentou o ângulo direito alto de Muriel que voou e de mão trocada mandou pela linha de fundo.
Antes do apito final, um cruzamento na área do Naútico sobrou dentro da grande área para o zagueiro Ronald que bateu de primeira, mas a bola bateu em um zagueiro e foi pela linha de fundo.
O primeiro-tempo termina com Maringá perdendo por 2 a 0, mas mostrando-se competitivo nos últimos quinze minutos. O time de Castilho demorou muito para entrar no jogo, sobretudo os centro-campistas que se mostraram inexistentes. O técnico Hélio do Anjos preparou uma arapuca para o time maringaense com os jogadores trocando de posição e investindo muito em dribles para quebrar o sistema de marcação homem a homem imposto por Castilho.
SEGUNDO-TEMPO
Para o segundo-tempo Castilho voltou com Jhow e Vinícius Amaral nos lugares de Vitinho e Pingo para tentar colocar em ordem o meio-campo. A reação do final do primeiro-tempo se manteve equilibrando as ações. Aos 16 minutos o Dog finalmente chega com Júlio Cesar que recebe bola e quando está para invadir a grande área é derrubado. O árbitro marca pênalti. O time do Naútico reclama muito, mas na ausência do VAR, Felipe da Silva não volta atrás e marca a extrema falta. Negueba bate bem e diminui para 2 a 1.
Depois do gol o Naútico se retraiu bastante e o Dogão começou a ameaçar mais os donos da casa. Aos 24 minutos Rai Natalino que tinha acabado de entrar no lugar de Moraes tem boa oportunidade, sai frente a frente com Muriel, mas chuta em cima do goleiro. Aos 37 minutos Negueba empata, mas o árbitro vê em modo certeiro o impedimento do atacante maringaense.
Castilho tira Buga e manda a campo o jovem Bruno Cheron; o passe do Maringá melhora muito, mas o tempo passa rápido e logo se vê o quarto árbitro sinalizar cinco de acréscimos.
Nos últimos minutos é o Naútico que volta a pressionar o Dogão. O time do Nordeste valoriza a posse de bola e cozinha o Dog até o apito final.
O Dogão segue sem vencer. Agora são cinco partidas seguidas na Série C sem saber o que é somar três pontos. Apesa da derrota, segunda no certame, o Dogão permanece em sétimo lugar com 13 pontos. O time volta a campo no sábado (28) às 19h30 para enfrentar a Ponte Preta.
As mudanças na estrutura do time com a saída de Léo Ceará, a sentida ausência de Maranhão e a falta de um volante de contenção, obrigaram Castilho a arriscar em uma formação que teve muita dificuldade a ver a cor da bola nos primeiros 30 minutos do primeiro-tempo. Depois, o técnico se corrigiu e o time melhorou, mas não o suficiente para chegar ao empate, e muito menos para imaginar a proeza de buscar a vitória. O Dogão teve mais sorte do que juízo; os resultados da rodada ajudaram, o que o manteve no G8, mas se quiser continuar por ali, vai ter que fazer as pazes com a vitória.
ANÁLISE
Hoje foi não a ausência do Léo Ceará que fez o time jogar mal. Foi uma escalação equivocada. Poderia ter entrado com Parrudo para conter, e sei que muitos dirão que é fraco, mas era o único volante, já que o Lucas Bonifácio foi operado e o Ewanderson também está machucado. Tinha o Ibson… é esse o nome ? é um bom jogador. Tinha também o Bruno Cheron que passou da hora de ser titular nesse meio campo. Ele só precisa de jogar mais tempo para evoluir e comer a bola. Tinha ainda os dois que entraram, e tinha ainda o Vitinho e o Pingo, que poderiam entrar no segundo-tempo, mas começou tudo errado. Mas o que o time sentiu mesmo, foi a mexida na zaga e a ausência suprema do Maranhão. Antes, só nos faltava um goleiro, hoje parecia que faltava tudo, menos goleiro. O Castilho errou, acontece; creio que a derrota já era um resultado aceitável diante das circunstâncias. Enfim, quero falar de novo do Léo Ceará, que é ótimo tecnicamente, mas não tem mais pernas, nem idade para continuar jogando neste esquema do Castilho. Creio que a lição de hoje foi muito boa e que veremos um time muito diferente nos próximos jogos.