Não foi uma semana fácil para a SAF Maringá Futebol Clube que não vê a hora de entrar em campo contra o Ypiranga em Erechim (RS) para tentar reverter a situação incômoda em que se meteu sozinha por conta de pontos que deixou escapar sobretudo contra equipes perfeitamente abordáveis como Botafogo (PB) em casa e Anápolis fora. Ainda que se deixe de lado pelo menos um pontinho perdido com a Ponte Preta e dois com o Ituano, são exatamente aqueles quatro pontos perdidos, que se fizessem parte da soma que forma a classificação, posicionariam o Dogão pelo menos em sexto lugar na tábua de classificação.
A partida entre Ypiranga e Maringá válida pela 11ª rodada do Brasileiro da Série C vai ter transmissão AO VIVO neste domingo (6), às 19h no youtube pelo canal NOSSO FUTEBOL
Entre saídas como a de Léo Ceará, que faz falta, mas não era a solução; entradas como as de Vinícius Amaral e Raí que ajudam a compor, mas que por enquanto não fazem a diferença; contusões como as do prometente Cheron e do consistente Lucas Bonifácio, incertezas como as em relação a Moraes, que já é dado como negociado e que segundo a assessoria de imprensa do clube já estaria inclusive fora do país, mas que pode até voltar, Castilho continua tendo problemas para escalar seu time como gosta e precisa.
O técnico voltou a repetir na Entrevista Coletiva realizada ontem (3) na sala de imprensa do Centro de Treinamento do Dogão, “que segue firme em suas convicções”. Ele se refere ao modelo de jogo que seja com 3, 5, 2 ou 4, 3, 3, segue a lógica da marcação homem a homem ao invés da marcação por zona adotado pela quase totalidade, senão por todas as agremiações atuantes em uma das Séries Nacionais.
“Temos perdido partidas jogando bem, mas eu sei que o que vale é o resultado; Nas duas últimas partidas fomos bem contra o Naútico no segundo-tempo e poderíamos até ter vencido a Ponte Preta; os números mostram isso, mas não aconteceu”, sustenta Jorge Castilho. “Minhas consultas ao travesseiro não me trazem mudanças radicais, nem no time, nem no modelo de jogo porque tenho convicção daquilo que faço. Se eu perder a convicção tenho que parar de trabalhar com o futebol. O que nos falta é uma vitória para deixar a crise para trás; alguns ajustes estão acontecendo pelas saídas, pelas entradas e pelo desempenho nos treinos, como é o caso de Danielzinho que entrou bem contra a Ponte Preta. Quando a vitória voltar a nos contemplar tudo vai mudar”, completou o treinador.
Coerente e convicto, Castilho espera pela vitória e por reforços que devem aparecer com a abertura da janela no próximo dia 10. Se fala das chegadas de um defensor, um meio-campista e um atacante, mas por enquanto não se fala de nomes justamente porque não se pode assinar contratos de transferências.
Quem também participou da Coletiva a sustento de Castilho e para falar sobre quem virá, foi o diretor de futebol Tiago Reinis. Ao responder perguntas sobre problemas internos de caráter disciplinar, Reinis fechou a porta recorrendo ao jargão “roupa suja se lava em casa”. Sobre os reforços, o diretor disse aquilo que podia dizer. “Temos algumas negociações encaminhadas com jogadores, mas eu não posso chegar aqui e dizer os nomes porque ainda não temos contratos, não fizeram exames médicos e se depois o arranjo não se concretiza acaba por gerar frustração. Tenho que tomar cuidado com a informação que passo, porque pode chegar outro clube com interesse e aí vira um leilão. Estamos incomodados com a falta de resultados e estamos buscando jogadores, mas não serão peças que chegarão aqui e num passe de mágica vão resolver tudo sozinhos; vão acrescentar ao elenco”, argumentou Reinis.
O diretor de futebol sustentou também que o clube não mudou seus planos em relação ao certame 2025. “Vamos buscar a vitória, a classificação para a segunda fase e depois o acesso para a Série B”.
Castilho e Reinis sabem que uma vitória no sul neste domingo nessa disputada Série C, além uma combinação de resultados até mais prováveis do que o êxito próprio, podem levar o time de volta ao G8, mas sabem também que uma derrota pode levar o Dogão ao bico do Urubu; próximo da zona rebaixamento e longe dos oito que avançam para a segunda fase. Cá entre nós, um empate não seria um mau resultado diante das circunstâncias.
Voltando ao campo, ou rumo a ele, o Dogão estacionado com seus 13 pontos na 11ª posição, viaja de avião na manhã deste sábado até Chapecó (SC); de lá segue de ônibus por 103km até Erechim (RS), onde no domingo (5) às 19h enfrenta o Ypiranga, terceiro colocado na competição com 19 pontos. A partida acontece no Estádio Colosso da Lagoa. Lá, o time gaúcho venceu quatro das cinco partidas que disputou nesta Série C. A única derrota em casa foi para o Naútico por 4 a 0 no dia 17 de maio em jogo válido pela sexta rodada. Nas dez partidas já disputadas, o Ypiranga venceu 6 vezes contra 3 do Dogão, empatou uma vez contra quatro do Maringá e perdeu só uma contra quatro do time da Cidade Canção. Para chegar onde está, o Ypiranga marcou 11 gols, três a menos que o Dogão; e sofreu dez, quatro a menos que o MFC; seu saldo é de um gol positivo, enquanto o Dog está no zero.
Como de hábito, Castilho só vai revelar o time que entrará jogando uma hora antes do início da partida. A expectativa fica por conta de uma possível entrada de Danielzinho que deixou uma boa impressão na partida contra a Ponte Preta.
A partida entre Ypiranga e Maringá válida pela 11ª rodada do Brasileiro da Série C vai ter transmissão AO VIVO neste domingo (6), às 19h no youtube pelo canal NOSSO FUTEBOL