“Não será surpresa se o MS voltar atrás e liberar a vacinação para adolescentes”,
havia previsto Domingos Trevizan em entrevista a O FATO no dia 17, um dia após o Governo Federal suspender a imunização.
Domingos Trevisan, Chefe de Gabinete da Prefeitura de Maringá havia previsto no dia 17 que o Ministério da Saúde voltaria atrás em sua decisão de interromper a vacinação de adolescentes. A fala de Trevisan aconteceu no dia 17 em uma entrevista transmitida AO VIVO pela WEB TV de O FATO MARINGÁ.
“Não será surpresa se oMS voltar atrás de novo e liberar a vacinação para adolescentes”, havia dito o chefe de gabinete Domingos Trevisan
em entrevista a O FATO MARINGÁ no dia 17 de setembro, um dia após o Ministério da Saúde suspender a vacinação para jovens entre 12 e 17 anos.
Nosso Portal havia levado à Prefeitura, a pergunta de vários leitores que queriam saber porque a administração de Ulisses não havia seguido as recomendações do MS e interrompido a vacinação. Trevisan respondeu que “Maringá decidiu vacinar adolescentes porque tem vacinas, a Anvisa recomenda e não há motivos para esperar”. A entrevista completa com Trevizan que acertou em cheio na previsão, pode ser vista neste link.
Naquele momento, todas as capitais do país com exceção de Curitiba já estavam vacinando adolescentes seguindo a ordem decrescente de idade, e Maringá que não é capital, mas é cidade grande, também havia prosseguido com a imunização.
O MP de Maringá chegou a enviar questionamentos à Prefeitura sobre os motivos que levaram a cidade a prosseguir com a vacinação e quis saber também se havia doses suficientes para vacinar adolescentes e todas as outras faixas etárias com primeira e segunda doses.
Ontem as 22h30 o Ministério da Saúde voltou atrás e decidiu liberar a vacinação seguindo ordem de prioridades e usando somente a Pfizer, coisa que a Prefeitura de Maringá já estava fazendo.
TERCEIRA DOSE
Nesta quinta, 23, Maringá começou a vacinar idosos com 90 anos ou mais com a dose de reforço ou terceira dose, amanhã, 24, acontece a vacinação de idosos prossegue para idosos com 85 anos ou mais.
A RECOMENDAÇÃO DO MS
publicada em uma Nota Técnica na noite desta quarta-feira (22). Além disso, a pasta reforça a orientação para que estados e municípios utilizem apenas a vacina da Pfizer/BioNTech, única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa-etária. A orientação garante a segurança da campanha.
Segundo a recomendação da pasta, como já havia sido divulgado anteriormente, a vacinação desse público deve começar pelas adolescentes grávidas, puérperas e lactantes, adolescentes com deficiência permanente e com comorbidades. Em seguida, a prioridade deve ser dos jovens de 12 a 17 anos privados de liberdade. A lista de comorbidades está definida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
“Podemos, a partir de agora, retomar a vacinação dos adolescentes e essa decisão vem após vários estudos e discussões técnicas. Depois de muita investigação, entendendo as causas que fizeram com que se adotasse a suspensão e, depois de uma semana, decidiu-se que podemos retomar a vacinação priorizando os grupos que têm uma imunidade mais deficitária”, comunicou o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Outra orientação é que a vacinação dos adolescentes sem comorbidades deva iniciar somente quando o estado ou município concluir a imunização dos grupos prioritários e dos que precisam da dose de reforço, como pessoas acima de 70 anos e imunossuprimidas. Nesse caso, os idosos devem receber o reforço seis meses após a conclusão do ciclo vacinal ou dose única e os imunossuprimidos devem respeitar o intervalo de 28 dias após a segunda ou dose única.
Entenda o caso
No último dia 16 de setembro, o Ministério da Saúde, em uma medida cautelar para garantir a segurança da vacinação, suspendeu a imunização de adolescentes sem comorbidades. A decisão foi tomada após a notificação de um evento adverso grave, com morte, de uma adolescente no estado de São Paulo após tomar a vacina da Pfizer, que posteriormente foi descartada pela Anvisa a relação com a vacina.
Após a medida de segurança, o Ministério da Saúde, juntamente com a Secretária de Vigilância Sanitária, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e em parceria com a Anvisa, realizou as investigações, que apontaram que não há relação entre a aplicação da vacina e o óbito da adolescente, que tinha uma doença autoimune.
O caso foi, então, discutido no Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (CIFAVI), que recomendou a retomada da vacinação dos adolescentes sem comorbidades. A mesma recomendação foi dada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT) e pela Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (CTAI), após reunião no último dia 17.