Morre aos 88 anos o ator, produtor e escritor francês Alain Delon. Ele havia sofrido um AVC há cinco dias.
O presidente francês Emmanuel Macron lamentou a morte do ator.
Monsieur Klein ou Rocco, le Guépard ou le Samouraï, Alain Delon a incarné des rôles légendaires, et fait rêver le monde. Prêtant son visage inoubliable pour bouleverser nos vies.
Mélancolique, populaire, secret, il était plus qu’une star : un monument français. pic.twitter.com/1JTqPfVo5n
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 18, 2024
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi como Tom Ripley no clássico suspense O Sol por Testemunha (1959), dirigido pelo cineasta francês René Clément, baseado num livro da escritora Patricia Highsmith. Em 1960, Delon atuou em Rocco e Seus Irmãos, dirigido por Luchino Visconti, um dos filmes mais adorados da história do cinema. Ator e diretor tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez em outro clássico O Leopardo (1963), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A beleza física de Delon transformou-o em símbolo sexual dos anos 60 e 70. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande ator, e não apenas um rostinho bonito. Em 1962, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni, no filme O Eclipse, última parte da célebre trilogia da incomunicabilidade desse diretor. Com o cineasta Jean-Pierre Melville, atuou em filmes como Le samouraï (1967), O Círculo Vermelho (1970) e O Expresso para Bourdeaux (Un flic, 1971). Trabalhou ainda com outros grandes cineastas, como Valerio Zurlini, em A primeira noite de tranquilidade (1972), Joseph Losey, em Cidadão Klein (1976) e O Assassinato de Trotsky (1972), Jean-Luc Godard, em Nouvelle vague (1990).
Em março de 2022 anunciou publicamente a intenção de se submeter a um procedimento de suicídio assistido, o que é legalmente permitido na Suíça, país onde vive