A Rússia assume hoje, 1 de abril, a presidência do Conselho de Segurança da ONU.
Com a guerra na Ucrânia há mais de um ano, muitos questionam como é que a nação poderá supervisionar um organismo que se esforça por manter a paz e a segurança internacionais neste momento.
Segundo disseram peritos à Euronews, é bastante fácil: O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, e cada membro tem um voto. Nos termos da Carta das Nações Unidas, todos os Estados membros são obrigados a cumprir as decisões do Conselho. Os membros revezam-se na presidência todos os meses por ordem alfabética, de acordo com a língua inglesa.
A última vez que a Rússia exerceu a presidência foi em fevereiro do ano passado – o mês em que lançou uma invasão em larga escala da sua vizinha Ucrânia.
A 23 de fevereiro deste ano, quase um ano após a invasão total da Ucrânia pela Rússia, a Assembleia Geral da ONU exigiu a retirada imediata da Rússia do país, em conformidade com a Carta das Nações Unidas.
Na sua décima primeira sessão especial de emergência, o organismo mundial adotou uma nova resolução apelando ao fim da guerra.
Os resultados foram 141 Estados membros a favor e sete contra: Bielorrússia, República Popular Democrática da Coreia, Eritreia, Mali, Nicarágua, Rússia e Síria. Entre as 32 abstenções encontravam-se a China, a Índia e o Paquistão.
A Rússia planeia realizar uma reunião informal do Conselho de Segurança das Nações Unidas no início de abril sobre o que disse ser “a situação real” das crianças ucranianas levadas para a Rússia, uma questão que ganhou ainda mais destaque na sequência do mandado de captura do Tribunal Penal Internacional contra Vladimir Putin por crimes de guerra relacionados com o seu alegado rapto.
Portanto, é a segunda vez desde que a guerra começou que a Rússia preside ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. euronews