O presidente da Câmara Municipal de Maringá, vereador Mário Hossokawa (PP), anunciou na manhã de hoje, 6, durante a sessão ordinária, que o Legislativo não terá mais representantes no Comitê de Crise de enfrentamento da pandemia de coronavírus criado pela prefeitura de Maringá. Mário afirma que sua saída do Comitê, deriva do fato que o Legislativo “não tem voz em capítulo nas decisões que são tomadas no momento da elaboração dos decretos restritivos”.
“Na realidade, essas reuniões acontecem aos sábados e domingos, e eu como representante de todos os quinze vereadores levo as reivindicações e sugestões que os edis recolhem junto à população e a empresários. Nós discordamos de muitas decisões, mas nossas sugestões nunca são acatadas”, lamenta Hossokawa.
O presidente da Câmara explica, que mesmo diante de números que demonstram que houve queda nos contágios, os bares continuam fechados. “Não consigo aceitar mais essa situação. Qualquer coisa eles fecham os bares em primeiro lugar”, disse o vereador. “Quem é que vai pedir ao bar, delivery de cinco coxinhas, uma caipirinha e de cafezinho”, questiona Hossokawa.
Outra ponderação que o vereador fez, está ligada ao setor de eventos, que está sem poder trabalhar há mais de um ano. Sobre os restaurantes, Mário disse que não concorda com a abertura de restaurantes somente até às 15h. “Há restaurantes que servem à la carte e precisariam abrir à noite, sem nenhum risco para a sociedade, e por isso, como nossas vozes não são ouvidas, não podemos continuar a deixar que a população pense que é decisão da Câmara. Sabemos que as decisões são de competência do Executivo, mas esperávamos ser ouvidos, como isso não acontece, nos retiraremos do Comitê”.
Hossokawa conta que no último domingo, 4, a reunião nem tinha sido concluída e a foto já estava nas redes sociais e na imprensa. “O povo em casa vê a foto e pensa que a Câmara compactua com as decisões, o que não é verdade”, enfatizou.