Neonazistas de Portugal fazem protesto não autorizado

Extremistas são contra a crescente presença de muçulmanos na Europa

foto - OFATOMARINGA.COM

A manifestação organizada por um grupo de extrema-direita estava prevista para a tarde de sábado no Martim Moniz, um bairro onde vive uma grande comunidade muçulmana, mas a Câmara Municipal de Lisboa (CML) recusou o pedido depois de receber um parecer da Polícia de Segurança Pública (PSP) que alertava para o elevado risco de segurança.

O grupo neo-nazi, chamado “Grupo 1143” refutou a proibição emitida pela CML e interpôs uma ação na justiça invocando a “proteção de direitos, liberdades e garantias”, no que diz respeito ao direito de liberdade de expressão.

Contudo, o tribunal administrativo pelo círculo de Lisboa deu razão à autarquia e indeferiu o pedido, mas o grupo garante que vai realizar outra manifestação no Largo do Camões, às 18h00 de sábado.

 

Contra Manifestação transforma-se em arraial

Por outro lado, um movimento antirracismo pretende reunir vários coletivos lisboetas num “arraial” no Intendente, zona próxima do Martim Moniz, para contrariar a manifestação da extrema-direita e demonstrar que “as pessoas não se reveem na ação racista e xenófoba” do Grupo 1143.

A PSP está a preparar um reforço policial que possa ser adaptado aos diferentes cenários que possam advir ao longo do dia na baixa lisboeta.

Em nota enviada às redações, a Polícia de Segurança Pública esclarece que além da ação inicial que foi proibida, “foram ainda comunicadas à Câmara Municipal de Lisboa outras duas ações – uma para o Largo Camões e outra o Largo do Intendente – ações essas que não tiveram qualquer parecer negativo por parte da PSP e que preenchem os requisitos previstos no atual quadro legal”.

A PSP refere ainda que depois de recolher informações sobre os manifestantes, desenvolveu um “planeamento operacional que executará e colocará no terreno”, a partir das 14h00, no sentido de proteger todos os cidadãos. O dispositivo policial será reforçado com “apoio de Equipas de Intervenção Rápida e de Prevenção e Reação Imediata, bem como o reforço da Unidade Especial de Polícia, através do Corpo de Intervenção”, refere ainda a nota. euronews