O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou um acordo de cessar-fogo no Líbano após uma reunião do Conselho de Segurança de Israel e acrescentou que a proposta foi enviada ao Conselho de Ministros para aprovação.
Netanyahu recomendou a aprovação do acordo mediado pelos Estados Unidos com o Hezbollah, o que abre espaço para pôr termo a quase 14 meses de combates iniciados após a resposta israelita ao ataque de 7 de outubro do Hamas.
Segundo o Channel 12 de Israel, o acordo já foi aprovado.
A trégua, de 60 dias, implicaria o fim da presença armada do Hezbollah ao longo da fronteira a sul do rio Litani e exigiria a retirada das tropas israelitas do sul do Líbano.
Reação “enérgica” a qualquer ataque
Bejamin Netanyahu afirma que se o Hezbollah violar o acordo de cessar-fogo, rearmando-se e atacando, Israel reagirá de forma “enérgica”.
“Vamos fazer cumprir o acordo e responder com força a qualquer violação. Continuaremos unidos até à vitória”, afirmou.
Com o acordo, nota Netanyahu, Israel pode concentrar-se na “ameaça iraniana”.
O acordo também permite a Israel “atualizar” e “rearmar” as suas tropas, sublinha Netanyahu, mencionando que as forças israelitas terão em breve à disposição mais armamento.
“Em breve, vamos ter armas sofisticadas que nos ajudarão a proteger as nossas tropas e nos darão ainda mais força para cumprir as nossas missões.”
Outra dos objetivos do acordo de cessar-fogo, refere Netanyahu, é isolar o Hamas.
“O Hamas estava a contar com o Hezbollah a lutar em conjunto e, uma vez eliminado o Hezbollah, o Hamas fica sozinho”, frisa.
“A nossa pressão sobre o Hamas será cada vez mais forte e isso vai ajudar-nos a recuperar os nossos reféns”.
Primeiro-ministro libanês exige aplicação “imediata” do cessar-fogo
Do lado libanês, já há reação ao anúncio de Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro, Najib Mikati, afirma que a comunidade internacional deve “atuar rapidamente” para travar a agressão israelita “e aplicar um cessar-fogo imediato”.
Mikati acrescenta que o povo de Beirute “suportou muito hoje, como sempre suportou o maior fardo para todo o Líbano”. EURO NEWS