A 15ª Regional de Saúde anunciou nesta terça-feira, 10, a divisão dos quantitativos do novo lote de vacinas de 1ª e 2ª doses contra a Covid enviadas pelo Estado. De acordo com o boletim assinado pelo diretor da Regional, Ederlei Alkamin, a Sesa enviou 9.402 doses para 1ª dose no 36º lote destinado às 30 cidades da região.
A distribuição das doses deve acontecer já a partir desta quarta-feira (11), e Maringá, maior cidade da região com 50,58% da população receberá 3.574 doses, (640 Coronavac e 2.934 Pfizer). Os outros 29 municípios da região sanitária receberão 5.828 doses, (1.040 Coronavac e 4.788 Pfizer).
Em percentuais as 3.574 doses de imunizantes destinadas a Maringá equivalem a 38,03%.
É bem aí que começa a aflição do prefeito de Maringá Ulisses Maia que mobilizou a Procuradoria do município para exigir na justiça que o Estado destine percentual adequada e proporcional à população de cada cidade.
Seguindo a lógica do prefeito Ulisses Maia, Maringá teria direito a 4.755 doses do 36º lote e não 3.574. A diferença é de 1.181 doses que vão parar nas outras cidades da região.
Durante a entrevista coletiva de ontem, 9, na prefeitura, o chefe de gabinete Domingos Trevisan e Douglas Galvão, Procurador Geral do Município, explicaram o tipo de ação que a administração impetrou na justiça e o tempo que em teoria o Judiciário empregará para anunciar uma tomada de decisão. Interpelado pela redação de O FATO MARINGÁ, Galvão disse que a resposta à “Ação Ordinária de Obrigação de Fazer com Tutela de Urgência”, viria em 72 horas; 24 já se passaram e de FATO, a decisão foi despachada ainda na noite de segunda-feira pelo juiz Frederico Mendes Júnior, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá. O Juiz quer saber se houve troca de critérios, se lê no despacho.
Veja as perguntas realizadas pela redação de O FATO durante a coletiva e as respostas do Procurador Douglas Galvão e do Chefe de Gabinete Domingos Trevisan
Questionado pela redação de O FATO sobre possíveis problemas de relação com prefeitos da região que no início de julho haviam questionado a fórmula de distribuição das doses, Domingos Trevisan respondeu que não há problemas com prefeitos e nem com o Estado, e que o município vacinou muitos cidadãos de outras cidades que trabalham em Maringá.
“Maringá não está alheia às dificuldades e às necessidades do Estado do Paraná; trabalhamos em conjunto para que a população seja vacinada o mais rápido possível”, afirmou o Chefe de Gabinete.
A administração do município reclama que até 26 de junho a cidade recebia 50% dos imunizantes entregues à Regional de Saúde de Maringá, e que foi a partir daí, na entrega do 27º lote que a Maringá começou a receber quantidades menores, cerca de 30% do total.
Uma pista de que a administração da cidade canção pode estar com a razão é visível na última coluna do relatório que se vê abaixo. Nela está o demonstrativo da divisão das vacinas do 36º lote, só que para segunda dose; nesse caso, Maringá fica com 1.070 doses (62,20%) e as outras cidades com 38%.
Veja o relatório demonstrativo da Regional de Saúde de Maringá, a distribuição dos imunizantes do 36º lote entre os municípios
Na primeira e segunda colunas, a divisão das vacinas para a primeira dose.
Na última coluna estão os quantitativos destinados à segunda dose
Veja também os quantitativos destinados no 36º lote para aplicação de segunda doses
Maringá receberá 62% dos imunizantes