NUCLEAR: Alemães protestam contra o uso armas nucleares na Ucrânia

Manifestação em Hamburgo - Alemanha - FOTO - reprodução euronews

A organização Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear saiu, às ruas, em protesto, este domingo, em Hamburgo, na Alemanha. Os manifestantes exigem que todas as armas nucleares sejam destruídas.

Esta organização, que já venceu o Prémio Nobel da Paz, mostrou-se preocupada com a guerra na Ucrânia e teme que o risco de utilização destas armas aumente devido ao conflito.

Angelika Claußen, co-Presidente da organização, defende que os atores da guerra devem declarar as suas intenções. A responsável defende que, especialmente os maiores países com armas nucleares, “a Rússia e os Estados Unidos, que também estão envolvidos na guerra, têm de declarar a não utilização de armas nucleares no conflito”, apelando a que não exista um primeiro uso destas armas.

 

Protesto assinala segundo aniversário de tratado da ONU

Este protesto assinala o segundo aniversário de um tratado das Nações Unidas, que proíbe o uso de armas nucleares. Acredita-se que a Rússia poderá muito provavelmente utilizar armas tácticas ou as chamadas pequenas armas nucleares na Ucrânia, mas especialistas, numa conferência que conduziu a esta manifestação, disseram que não existem armas nucleares de pequeno porte.

Os possíveis danos causados por potenciais acidentes nas centrais nucleares mundiais também são alvo de preocupação. Peritos internacionais querem implementar uma “zona de proteção” em torno da central nuclear de Zaporijia, a maior da Ucrânia, para evitar esse risco.

Linda Gunter, da organização Beyond Nuclear Internacional, refere que esta atitude minimizaria o risco desta e de outras estruturas semelhantes serem “atingidas por mísseis, por bombardeamentos”, mas realçou que “não eliminará o risco, por completo, porque os acidentes ainda podem ocorrer devido a perdas de energia ou erro humano”.

Outro grupo de peritos irá destacar os riscos das armas nucleares na terça-feira. A organização Boletim dos Cientistas Atómicos vai atualizar o Relógio do Juizo Final para simbolizar o quão perto pensam que os humanos estão da auto-aniquilação. euronews