A descoberta de um novo vírus que causa doenças respiratórias e tem colocando o mundo em alerta devido à gravidade, o avanço e a letalidade da doença será tema de debate na Assembleia Legislativa do Paraná. E, por iniciativa, dos deputados Michele Caputo (PSDB) e Tercílio Turini (CDN), acontece na quinta-feira (13), a partir das 08h30, a audiência pública com o tema o “Novo Coronavírus – O que podemos fazer para nos proteger”.
“É fundamental que todos tenham acesso a informações de qualidade. Nesta era das fake news, é preciso ter muito cuidado com o que recebemos no WhatsApp para não gerar um pânico desnecessário”, destacou Caputo, que já foi secretário estadual da Saúde. “É um problema grave de saúde pública, com grandes possibilidades de chegar ao Brasil. Já tivemos pessoas com suspeitas de Coronavírus no Paraná e precisamos estar preparados para enfrentar, caso se confirme algum caso. O controle é difícil, porque pacientes com sintomas leves também transmitem o vírus, mesmo sem ter a doença diagnosticada”, observou Turini.
Participam do evento, que é aberto ao público, autoridades de saúde municipal, estadual e federal que vão esclarecer sobre o que está sendo feito para prevenir casos e até uma possível epidemia da doença no Estado, entre eles o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. Ele é o responsável pela área que coordena as ações de controle e monitoramento do novo Coronavírus no país.
A programação também contará com a palestra educativa do diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Alcides Augusto Souto de Oliveira. O objetivo é informar, de maneira clara e objetiva, o que já se sabe sobre o novo Coronavírus e como as pessoas podem se proteger desta ameaça.
O que é – Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do Coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em dezembro de 2019 após casos registrados na China. Até agora, a China já registrou mais de 637 mortes e mais de 31 mil casos foram confirmados. No Brasil, há nove casos suspeitos; nenhum foi confirmado e o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei de quarentena, que regulamenta o tratamento dos brasileiros que deverão ser trazidos da China. Além disso, em janeiro deste ano, foi publicado no Diário Oficial da União um decreto presidencial reativando um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O grupo já atuou em outras situações, como a pandemia de influenza, e agora atuará no caso do novo Coronavírus.
Transmissão – As investigações sobre a transmissão do Coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação da doença se dá por contato próximo de pessoa por pessoa. Ainda não está claro com que facilidade o Coronavírus se espalha de pessoa para pessoa, mas a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Sintomas – Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, podendo causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais sintomas são: febre, tosse e dificuldade para respirar.
Prevenção – Cuidados básicos como lavar frequentemente as mãos e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir ajudam. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações também ajudam na prevenção.
Tratamento – Ainda não existe tratamento específico para infecções causadas por Coronavírus humano, mas estudos já estão sendo realizados em diversos países para se chegar a uma alternativa de imunização. Por enquanto, a melhor forma de se proteger é adotar aqueles velhos hábitos de higiene e prevenção contra doenças respiratórias. “Como o contágio de pessoa para pessoa é por gotículas contaminadas, as recomendações são as mesmas da gripe. Lavar frequentemente as mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes sempre bem arejados e evitar o contato com pessoas doentes é sempre válido”, explicou o deputado Michele Caputo.
fonte: asc/alep