“O preconceito é algo anticultural, por excelência”, diz artista plástico brasileiro

Em entrevista ao Podcast ONU News, Jaime Lauriano fala sobre papel da ONU para fomentar multilateralismo e da importância dos países de língua portuguesa na construção de mais diálogo; artista que também é cineasta e escritor tem obras no Brasil, nos Estados Unidos, Alemanha, Mali e Portugal.

FOTO: ONU NEWS

Ele queria ser economista para transformar a vida das pessoas. Ao ingressar na universidade, não demorou muito para descobrir que em vez de números, precisaria de cores e movimentos para alcançar seu objetivo mais velozmente.

Abandonou economia para dar aulas de artes e começou a desenhar aí o seu próprio destino em direção a uma revisão de padrões, valores e da própria história.

 

Descolonização e países de língua portuguesa

Hoje, Jaime Lauriano tem 18 anos de experiência como artista plástico, escritor e cineasta. Um de seus temas centrais é a cultura africana, ancestralidade e estruturas de poder. Suas obras expostas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Mali e Portugal, entre outros países, falam de colonização e descolonização, amarras e renovação de pensamentos e horizontes. E para ele, os países de língua portuguesa serão protagonistas nesse debate.

“E eu vejo que houve uma mudança muito grande. E as novas gerações que começam a surgir agora já trazem um novo jeito de se pensar o enfrentamento ao racismo. Pensando mais não só numa revisão histórica, mas pensando numa ideia de se apontar futuros. Então, eu acredito que, nos próximos anos, a gente vai ver eclodir um novo pensamento de construção de sociedade. E eu vejo os países de língua portuguesa como centrais nessa discussão.”

Países gerando culturas

Para Jaime Lauriano, somente a cultura é capaz de gerar um encontro de culturas para combater o preconceito e as injustiças da ignorância e da violência.

O artista plástico fala de um passado escravagista, de fronteiras, traumas e narrativas históricas que precisam ser confrontadas. Na entrevista à ONU News, ele citou a necessidade de revisão histórica e disse que a ONU tem um papel central no fomento e prática de mais compreensão entre povos e nações.

Prêmios no Brasil e no exterior

Formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, em 2010, ele já assinou várias exibições de artes como “Marcas”, no Recife, e “Histórias Afro-Atlânticas”, em São Paulo.

Também recebeu vários prêmios no Brasil e exterior. Em novembro, Jaime Lauriano passou em Nova Iorque, onde conversou com o Podcast ONU News sobre racismo, mudanças e sobretudo um futuro de mais esperança.

veja a entrevista  completa em ONU NEWS