Há 12 partidas sem vitórias no certame nacional da Série C e faltando somente três rodadas para o término da primeira fase que definirá que avança, quem fica pelo caminho e quem cai, a Sociedade Anônima Maringá Futebol Clube tem que vencer para alcançar os 21 pontos que teoricamente o livra do rebaixamento. O adversário deste sábado no Willie Davids é o frágil Retrô, que em caso de derrota voltará para Pernambuco já rebaixado para a Série D de 2026.
Apesar da situação dramática, a comissão técnica do Dogão continua sustentando um discurso contraditório que se baseia somente na matemática. “Uma vitória amanhã contra o Retrô nos credencia a olhar para cima“, disse Casarini na coletiva de imprensa desta sexta-feira no CT do Dogão. Esse olhar para cima de Casarini, significa G8, que está a 3 pontos de distância, mas hoje, entre Maringá que tem 18 pontos e está em 16º e o Ypiranga que está em oitavo com 21, há oito times. Uma vitória e o favorecimento das melhores combinações possíveis não levará Maringá acima da 12ª posição, mas poderia deixá-lo a um ponto do G8 faltando duas rodadas para o fim do giro inicial.
Casarin que em sua estreia conduziu o time a um empate com o Figueirense em Florianópolis, não sente o peso das 12 partidas sem vitórias, e por isso e também por função precisa dizer que acredita. Neste sábado ele comanda o Dog pela primeira vez no WD. O treinador que evita ver o cálice meio vazio e não toca no tema ‘escapar do rebaixamento’, pode promover a volta de Rafinha na lateral direita. O jogador que nos últimos tempos treinava separado por questões extracampo, pode ter uma nova oportunidade. Se espera também que o técnico promova a entrada de Bruno Cheron. Casarini não disse isso na coletiva; ele só disse que vai girar o elenco e que haverá novidades na escalação.
O treinador disse que pediu aos jogadores um jogo vertical, mas com mais posse de bola para evitar contra-ataques do adversário. “Nossa equipe é muito vertical, muito agressiva, mas queremos sofrer menos contra-ataques e para isso precisamos de mais qualidade na gestão da bola, para o jogo não ficar um bate e volta como foi com o Figueirense em que houve momentos de perde e ganha desenfreado, o que também eleva o cansaço do time”, explica Casarini.
“O Retrô é uma equipe experiente e que tem uma das maiores folhas de pagamento da Série C e vive uma situação estranha. Eles virão até aqui para fazer o jogo da vida, como nós de agora em diante vamos fazer três jogos da vida”, comentou o treinador sobre o adversário que vem da cidade de Camaragibe.
“Sabemos que não poderão contar com três jogadores importantes no meio campo e são atletas que influnciam nas disputas de bola; por isso imagino que vão preparar a partida diferente para nos enfrentar e temos que estar atentos a isso”, completou.
O técnico não fala sobre a escalação, mas há algumas certezas, como Tony no gol, Morelli no meio campo, além de Negueba e Maranhão no ataque. Se espera por outras surpresas, e dentre elas há quem sendo titular pode até ficar no banco, mas quem sabe o que passa no Chipp que Casarini tem na cabeça.
O time treinado por Itamar Schülle venceu na 3ª, 6ª e 13ª rodadas, e se está a menos tempo sem vitórias do que o Dogão que não vence desde a 4ª. Por outro lado, o Retrô já acumula nove derrotas e três empates, enquanto Maringá que também tem três vitórias, tem nove empates e quatro derrotas.
O Retrô não poderá contar com Paulo Ricardo que passou por cirúrgia, Denilson com ruptura no tendão da patela do joelho e Fernandinho que passou por cirurgia no Tendão de Aquiles.
Retrô: Fabián Volpi; Salomão, Mendonça (Robson), Rayan e Sávio; Jonas, Fabinho, Richard Franco e Iba Ly; Maycon Douglas (Mike) e Vagner Love. Técnico: Itamar Schülle
Arbitragem:
Árbitro: Bruno Mota Correia (RJ)
Assistente 1: Daniel de Oliveira Alves Pereira (RJ)
Assistente 2: Antonio Neilson Penha Teles (AC)
Quarto árbitro: Jackson Rodrigues da Silva (AC)




