Neste 30 de novembro, as Nações Unidas marcam o Dia em Memória de Todas as Vítimas de Guerra Química.
A data foi decidida na 20ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre Armas Químicas, em 2015, e marca a abertura do evento. Este ano, o encontro acontece de 28 de novembro a 2 de dezembro em Haia, Países Baixos.
Contexto
Para a ONU, a comemoração é uma oportunidade para homenagear as vítimas e reafirmar o compromisso da Organização para a Proibição de Armas Químicas com a eliminação da ameaça de armas químicas, promovendo assim os objetivos da paz, segurança e multilateralismo.
Os diversos esforços para alcançar o desarmamento químico que culminou na conclusão da Convenção sobre Armas Químicas começou há mais de um século. As armas foram usadas em grande escala durante a Primeira Guerra Mundial, resultando em mais de 100 mil mortes e 1 milhão de baixas.
Já na Segunda Guerra Mundial, as armas químicas não fizeram parte do campo de batalha na Europa.
Após o conflito e com o debate nuclear, vários países gradualmente perceberam que o valor marginal de ter armas químicas em seus arsenais era limitado, enquanto a ameaça representada pela disponibilidade e proliferação de tais armas tornava a proibição desejável.
Adotada em 1993, a Convenção sobre Armas Químicas entrou em vigor em 29 de abril de 1997. Ela determinou, “pelo bem de toda a humanidade, excluir completamente a possibilidade do uso de armas químicas”.
Armas de Destruição em Massa
Segundo a ONU, além das armas químicas, armamentos nucleares e biológicos são considerados de destruição em massa.
Por isso, a organização apoia e participa de esforços multilaterais para fortalecer sua não proliferação, além de cooperar com as organizações intergovernamentais relevantes e agências especializadas do sistema das Nações Unidas.
De acordo com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, a Convenção possui 193 Estados-membros, o que significa a proteção de 98% da população global. Segundo levantamentos da entidade, 99% dos estoques de armas químicas declarados pelos Estados possuidores foram comprovadamente destruídos. onu news