A Assembleia Mundial da Saúde foi aberta nesta segunda-feira, em Genebra, na sede da Organização Mundial da Saúde, OMS.
Delegações dos 194 Estados-membros integram o evento virtual para definir a atuação da OMS e nomear o novo diretor-geral, a um ano do fim do mandato do atual Tedros Ghebreyesus.
Emergências globais
Até 1 de junho, a reunião deverá abordar os esforços de combate à pandemia e uma possível reformulação sobre como lidar com futuras emergências globais de saúde.
Na abertura do encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que seja aplicada uma lógica de urgência de uma “economia de guerra” nos esforços internacionais contra a Covid-19.
Guterres lamentou o que chama de “tsunami de sofrimento” gerado pela crise do coronavírus, e reiterou a necessidade de mais recursos no que ele indica como uma “guerra com o vírus”.
Ele lembrou que mais de 3,4 milhões de pessoas já morreram e cerca de 500 milhões perderam seus empregos desde que o vírus apareceu pela primeira vez em 2019, na cidade de Wuhan, na China.
O secretário-geral indicou que os mais vulneráveis têm sido os que mais sofrem com a crise. O receio é que a situação ainda esteja longe do fim por causa da “resposta global em duas velocidades”.
Tendências
Vários líderes mundiais, ministros da Saúde e representantes de alto nível discursam no evento, onde o diretor-geral da OMS descreveu os 17 meses após o início da crise de saúde.
Tedros Ghebreyesus destacou que o mundo continua em uma “situação muito perigosa” em relação à doença.
Os dados de 2021 já apontam mais casos e mortes quando comparados aos do ano passado. O chefe da OMS disse ainda que seguindo as tendências atuais, o número de mortes ultrapassará o total do ano passado nas próximas três semanas.
O diretor-geral da agência realçou que a pandemia não chegará ao fim, a menos que a transmissão seja controlada em todos os países. Ele disse que a crise da vacina é um “desequilíbrio escandaloso que está perpetuando a pandemia”.
Covax
O pedido feito aos Estados-membros é que ajudem a agência a alcançar a meta de vacinar pelo menos 10% da população de todos os países até setembro, e numa campanha para vacinar pelo menos 30%, no mínimo, até dezembro.
O chefe da OMS mencionou ainda uma proposta do Fundo Monetário Internacional, FMI, de vacinar 40% da população mundial até o final de 2021, e 60% até meados de 2022.
Mas destacou que o número de doses disponibilizadas para a iniciativa Covax continua inadequado.
Até agora, os 70 milhões de unidades despachadas para 124 países e economias chegam para menos de 0,5% de sua população combinada.
Ele disse haver um pequeno grupo de países que fabrica e compra a maioria das vacinas do mundo, controlando o destino do resto dos países. Estes vacinam grupos de baixo risco às custas dos profissionais de saúde e grupos de alto risco em economias menos favorecidas.
Garantias
O chefe da OMS disse que ainda não surgiram variantes da Covid-19 que prejudiquem significativamente a eficácia das vacinas, diagnósticos ou terapêuticas atuais. Mas não há garantias de que isso continuará sucedendo.
A agência aponta como as três necessidades principais do momento financiar totalmente a iniciativa de produção de vacinas Acelerador ACT, compartilhar as doses da vacina e aumentar a produção de unidades do imunizante. ONU NEWS
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