ONU pede mais atuação no Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio

Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio comemora 35 anos; secretário-geral enfatiza sucesso na proteção da estratosfera contra produtos químicos sintéticos responsáveis pelo aquecimento do clima; mensagem defende maior atuação internacional diante da opção entre “ação coletiva ou suicídio coletivo”.

ONU pede mais atuação no Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio

foto: Bergamo arquivo O FATO MARINGÁ

Neste 16 de setembro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio incentivando a cooperação pelo fim da crise climática e dos desafios associados.

Para marcar a data, o secretário-geral enaltece a adoção do Protocolo de Montreal. A mensagem convoca os países a prosseguir com as metas do tratado, apoiando as tarefas nele previstas.

Substâncias químicas

O alvo principal do acordo em vigor há 28 anos é eliminar a produção e o consumo das substâncias químicas danosas à estratosfera do Planeta. A camada de ozônio protege a Terra dos raios ultravioletas, preservando a vida no planeta.

Os efeitos nocivos são causados por elementos como brometo de metila, clorofórmio de metila, o tetracloreto de carbono. Por outro lado, estão produtos químicos conhecidos como halons, os clorofluorcarbonos, CFCs, e os hidroclorofluorcarbonos, HCFs.

O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio foi resultado da Convenção de Viena. Os dois tratados foram os primeiros que tiveram ratificação universal na história das Nações Unidas.

Guterres lembra que o acordo alcançado há 35 anos teve sucesso na proteção da camada de ozônio da estratosfera contra produtos químicos sintéticos, que também causam aquecimento climático. Segundo ele, graças a este instrumento legal mundial, a humanidade evitou uma grande catástrofe de saúde causada pela radiação ultravioleta que atravessa um enorme buraco na camada de ozônio.

Diante da atual crise do clima, Guterres diz que o acordo já contribuiu para enfrentar a questão. Entre os principais frutos do tratado estão a proteção das plantas da radiação ultravioleta. A medida permitiu que estas vivam e armazenem carbono e evitou até 1º Celsius extra de aquecimento global.

Outro impacto foi a eliminação gradual dos gases de aquecimento climático e a evolução na eficiência energética através da sua Emenda Kigali que “pode retardar ainda mais as perturbações climáticas”.

O secretário-geral descreve uma humanidade diante da “escolha entre ação coletiva ou suicídio coletivo”. Ele defende que haja mais rapidez na cooperação e na ação pelo fim da poluição por carbono, cujo efeito é o aquecimento do planeta.

Sucesso

Explicando as razões para o sucesso, ele realçou que “quando a ciência descobriu a ameaça para a humanidade, os governos e os seus parceiros agiram”. O chefe da ONU ressaltou que a implementação foi feita de uma forma decisiva.

Para ele, o Protocolo de Montreal é um exemplo poderoso de multilateralismo em ação. Com os muitos problemas que o mundo enfrenta desde conflitos à pobreza crescente, ao agravamento das desigualdades e à emergência climática trata-se de um lembrete de que pode haver sucesso atuando em conjunto para o bem comum. ONU NEWS