Neste 26 de setembro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares com uma reunião de alto nível que acontece em Nova Iorque.
Representantes de Angola, do Brasil e de Timor-Leste discursam na sessão plenária da Assembleia Geral. A lista de mais de 80 oradores inclui líderes de iniciativas internacionais sobre o tema.
Aumento do risco nuclear
Na mensagem sobre a data, o secretário-geral, António Guterres, apontou a desconfiança política e a concorrência como fatores que aumentaram o risco nuclear para os níveis da Guerra Fria.
Para o líder das Nações Unidas, o mundo está revertendo o progresso arduamente conquistado em muitas décadas para impedir a utilização, a disseminação e os testes de armas nucleares.
O secretário-geral convoca os países a assinalarem o dia confirmando seu compromisso global por um mundo livre do tipo de armamento e “da catástrofe humanitária que sua utilização poderia desencadear”. Para ele, a única maneira de eliminar o risco nuclear é abolindo este tipo de armamento.
Obrigações de desarmamento
O pedido feito aos Estados com armas nucleares é que liderem o processo “cumprindo as suas obrigações de desarmamento e comprometendo-se a nunca utilizar armas nucleares em nenhuma circunstância.”
Entre as medidas a serem tomadas nesse sentido estão reforçar o regime de desarmamento e não-proliferação nuclear por meio dos Tratados sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares e a Proibição de Armas Nucleares.
Para Guterres, os Estados que ainda não ratificaram o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares devem fazê-lo sem demora, e aqueles que detêm armas nucleares devem assegurar uma moratória sobre os testes desse armamento.
Moratória sobre todos os testes nucleares
O líder da ONU pede ainda que seja respeitada a evolução da ordem nuclear e “abordadas as linhas delicadas entre as armas estratégicas e convencionais e a ligação com tecnologias novas e emergentes”.
Elementos como diálogo, diplomacia e negociação são, para o secretário-geral, “ferramentas imutáveis” para aliviar as tensões e acabar com a ameaça nuclear.
Recentemente, o secretário-geral lançou o Documento Político sobre uma Nova Agenda para a Paz, apelando aos Estados-membros para que se comprometam com a urgência em atuar pela causa. ONU NEWS