Na Liturgia desta segunda-feira, IV Semana do Advento, na 1ª Leitura (Ml 1-4.23-24), o profeta anuncia que virá um mensageiro da Aliança (Anjo) preparar o povo para o grande dia da purificação dos corações e, então, cada pessoa se tornará uma oferta agradável ao Senhor.
No Evangelho (Lc 1,57-66), vemos que o nascimento de João nome que significa “Deus tem piedade” é uma dádiva a seus pais e motivo de alegria para os vizinhos. Mas, principalmente, é razão de esperança: de uma criança algo novo há de vir. O nome de João (Deus tem piedade) é o sinal que evidencia o projeto de Deus sobre a criança e sua missão.
O nascimento dos santos constitui alegria para muitos, porque o santo é um dom de Deus à humanidade, é um bem para todos, início de renovação e progresso. Todo ato de misericórdia de Deus é de tal natureza que traz alegria não só a quem o recebe, mas também aos que sabem reconhecê-lo e estão pronto a exaltá-lo. A mensagem da salvação percorrerá espaço sempre mais vastos. Tem por destinação o mundo e tem força para conquistá-lo. Quem a acolhe torna-se uma testemunha. Não basta, porém, participar nos acontecimentos salvíficos e ouvir falar deles. Os acontecimentos devem ser acolhidos no coração, e quem os acolhe deve sintonizar-se interiormente com eles. No menino João manifesta-se o poder e a mão de Deus. Perguntamo-nos aqui: por que a poderosa mão de Deus está com este menino? E por que lhe dão um nome novo que rompe a tradição de família? Isabel, repleta do Espírito Santo, capta um sopro novo e julga de modo novo. O Espírito percorre novos caminhos, nem sempre fáceis de entender, mas que se chega a descobrir e percorrer.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR