O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta terça-feira (23) com os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; e Carlos Moisés, de Santa Catarina, para alinhar estratégias comuns de enfrentamento do novo coronavírus e discutir cenários da pandemia diante dos aumentos de casos e de hospitalizações, comuns aos três estados.
O encontro virtual contou com as participações dos secretários de Saúde e serviu para discutir o momento da crise de saúde pública quase um ano depois da adoção das primeiras medidas restritivas e a necessidade de reforçar a aliança nas demandas levadas ao governo federal.
A principal estratégia adotada para os próximos dias é a confecção de um ofício assinado pelos governadores do Sul para o Ministério da Saúde com algumas pautas caras aos três estados, como a continuidade do financiamento de leitos hospitalares de UTI, a oferta contínua de medicamentos para entubação dos pacientes em estado grave e a necessidade de aumentar a velocidade do programa de imunização, para proteger as pessoas das formas graves da Covid-19.
Esse posicionamento será reforçado pelos secretários do Sul na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta quarta-feira (24).
Os governadores também discutiram formas de aumentar a troca de informações gerais sobre hospitalizações, incidência de casos, mortes e a circulação do vírus, a partir de experiências próprias no monitoramento primário e hospitalar, além da possibilidade de tomada de decisões comuns aos três estados, como regras para o transporte interestadual.
Há um consenso de que a doença e a transmissão se comportam de maneira similar nos três estados e a ideia é ampliar a assertividade sobre o combate.
“Foi uma reunião de trabalho no sentido de buscar soluções em conjunto no relacionamento com o Ministério da Saúde. Os três estados precisam fazer essa defesa sobre insumos, vacinas e ter esse alinhamento estratégico. A troca de experiências é muito importante porque as atitudes positivas de um estado geram impactos em todos”, disse Ratinho Junior.
Ele também citou a criação de um grupo de trabalho para os três governadores e os três secretários estabelecerem critérios e soluções em conjunto para defender os interesses dos estados do Sul. O governador ainda disse que o toque de recolher, adotado desde o começo de dezembro no Paraná, ajudou a controlar a questão dos traumas, que podem acarretar em lotação de leitos.
“Temos realidades muito parecidas, principalmente nos últimos dez dias. Houve uma aceleração de casos e internações e o aumento do volume de jovens internados, ficando em média 11% a mais hospitalizados em relação aos idosos. Antes eles eram assintomáticos ou casos leves. E agora há muitos registros de casos graves em outras faixas populacionais”, afirmou Ratinho Junior. “Com a chegada da vacina também houve um relaxamento das pessoas, o que também é comum aos estados, mas a imunização requer tempo e não pode haver descuido nesse caminho”.
NOVAS MEDIDAS
O governador Ratinho Junior também destacou que o Paraná não descarta novas medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Ele também citou a preocupação com a região Oeste e, principalmente, com Foz do Iguaçu. Cerca de 60% dos atendimentos naquela cidade são de cidadãos paraguaios ou brasileiros que moram no Paraguai. Esse tema será alvo de uma reunião com representantes da prefeitura nos próximos dias.
“Estamos estudando todas as medidas necessárias e a ideia é evitar qualquer tipo de prejuízo econômico para população. Trabalhamos com esse equilíbrio desde o começo da pandemia e vamos manter isso. Mas temos que ter o cuidado para não deixar o sistema colapsar. Estamos abrindo novos leitos de UTI nesta semana e estudando o que fazer para reequilibrar a situação”, destacou.
AGORA NA TV WEB – O FATO MARINGÁ
* Para assistir a um conteúdo específico sem ter que esperar que passe na tv web,
clique no link a seguir e assista no canal YOUTUBE de O FATO MARINGÁ