Paraná e Grêmio não sabiam que camisa e nome não ganham campeonatos ?

Favoritos no início do campeonato da Segunda Divisão Paranaense, Paraná Clube e Grêmio Maringá estão fora das semifinais.

foto - reprodução youtube fpf

Nome e camisa de tradição não ganham campeonatos; é um clichê, mas deve ser usado quando gente que não tem competência se mete a gerir clubes de futebol como Gremio de Maringá e Paraná Clube.

Para ver Paraná Clube e Grêmio Maringá novamente em campo em jogos oficiais, será necessário esperar dez meses. Sem calendário, os clubes que colecionam juntos dez títulos estaduais e até brasileiros, estão fadados a desmontarem seus elencos para esperar sabe-se lá pelo que.

Enquanto esse futuro improvável não chega, é hora de analisar o que produziram nesse breve certame que começou as 19h30 do dia 29 de abril.

O Paraná começou o campeonato vencendo em casa uma equipe que hoje está rebaixada. Bateu por 2 a 0 o Toledo, outro que também tem uma certa tradição, mas que só não foi pior do que o amador Araucária que não somou nenhum ponto em nove partidas. Já o Grêmio começou perdendo para o Andraus que tem no elenco o técnico Claudemir Sturion, aquele que o Grêmio achou melhor dispensar depois de ele conquistar o titulo da Terceirona no ano passado. Lá também tem um certo André Carlos, centro-avante dos bons que o Grêmio também deixou ir embora sem ter um substituto à altura.

Da primeira rodada até hoje, o Paraná colecionou apenas três vitórias em nove partidas, nas outros jogos, foram cinco empates e uma derrota; já o Grêmio só venceu duas vezes, empatou duas vezes e perdeu cinco.

Certamente diretorias, comissões técnicas e jogadores não são dignos de vestir camisas tão pesadas e com tantas histórias de glórias e vitórias para contar.

Algumas coincidências unem os dois times em tempos de glórias e tempos de vexames.

Na foto de RUBINHO FILHO – Museu Esportivo de Maringá – o craque Adoilson, jogador que fez parte dos últimos anos de glória do Grêmio e dos primeiros anos de glória do Paraná Futebol Clube. Ele está na lista dos 100 maiores jogadores de futebol da história do Paraná..

A boa, a de glórias, responde pelo nome de Adoílson; o craque que hoje é administrador do Estádio Willie Davids, jogou no Grêmio de Esportes Maringá por quase dois anos entre 1988 e 1989. Por aqui jogou tanta bola que assim que Pinheiros e Colorado se uniram no final de 1989 para dar vida ao Paraná Clube, o time da capital trouxe um caminhão de dinheiro e o levou embora para tristeza do torcedor guerreiro. Por lá, o craque Adoilson venceu o Paranaense em 91, 93 e 94, e a Série B do Brasileirão em 92. Já o Paraná fez mais ainda; ganhou 7 títulos estaduais, uma Série B do Brasileirão em 92, e o módulo amarelo da João Havelange em 2000.

Jogou Libertadores em 2007 e chegou até as oitavas onde foi eliminado pelo Libertad do Paraguai; hoje não conseguiu passar nem pelo Patriotas, clube que até há três anos jogava o campeonato amador da capital.

A coincidência ruim está ligada a fatores extra campo, que tanto lá como cá, levaram os clubes ao fundo do poço.

Na tarde deste domingo, tanto Paraná como Grêmio entraram em seus próprios estádios. O Grêmio diante de poucos valentes e resistentes torcedores para jogarem decisões. O Paraná ainda sem público por causa da punição que sofreu quando foi rebaixado para a Segundona em virtude de atos de violência e invasão de campo ao final da partida que culminou com o decesso.

O Grêmio para jogar contra o Toledo para não cair e sumir para sempre; já o Paraná para vencer o Patriotas e torcer para que Iguaçu ou Apucarana tropeçassem deixando a vaga para o time da Vila Capanema.

O Grêmio saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate com gol de um zagueiro, e escapou do rebaixamento, mas não do fracasso de não ter alcançado a meta de voltar à primeira divisão.

No caso do Paraná, a coisa também não começou muito bem; O Patriotas desperdiçou um pênalti aos 15 minutos e aos 30 abriu o placar. Quando tudo parecia ir para o Beleléu, vieram dois gols paranistas que pareciam bilhetes de viagem para Pasárgada. Depois do gol da virada, o Patriotas pressionou muito, mas o Paraná que renunciou a atacar após a virada estava conseguindo gerir bem o risco.

No último dos seis minutos de acréscimos, o Paraná vencia por 2 a 1, e o Apucarana estava sendo derrotado pelo Laranja Mecânica por 2 a 0. Tudo conspirava à favor do tricolor até que Anderson Tanque fez falta na defesa na lateral direita do campo. Faltava menos de um minuto para o fim do último minuto de acréscimo. O Locutor e  o comentarista da Rádio Transamérica que transmitia a partida, disseram no momento da falta, “que os santos ajudem Anderson Tanque, porque se o Patriotas fizer o gol de empate, ou ele será massacrado  porque fez uma falta desnecessária a menos de 20 segundos do fim da partida”.

A premonição da rádio se consolidou cinco segundos depois que o árbitro autorizou a cobrança da falta. Bola levantada na pequena área, os zagueiros furam e Castanha manda para as redes. A narração da Transamérica pode ser ouvida no vídeo abaixo.

Em Curitiba, a não classificação do Paraná às semifinais foi repercutida em modo muito pesado pelo site especializado em esportes umdoisesportes. Na matéria publicada as 18h19 por Julio Filho, se lê no título que exalta qualidades negativas do dirigente do clube.

Julio começa o texto dizendo que “A eliminação vexatória, mas já esperada, na primeira fase da semiamadora Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense deveria ser sucedida da imediata renúncia do presidente do Paraná, Rubens Ferreira. Se a disputa revelou-se de baixíssimo nível técnico, com atletas profissionais mesclados com jogadores amadores, Rubão provou, desde o início, que não estava à altura do desafio”.  O site de esportes revela ainda que após a eliminação, ninguém da comissão técnica ou pelo menos um dirigente compareceu para na entrevista coletiva.

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REVEJA O GOL QUE ELIMINOU O PARANÁ – FONTE – youtube FPF

Em Maringá o técnico Joel Preisner que assumiu o time nas últimas três partidas obtendo metade dos oito pontos do Grêmio na competição com uma vitória, uma derrota e um empate, disse em entrevista ao assessor de imprensa do Galo – Gabriel Tazinasso – que assumiu num momento difícil, e que sua missão era salvar o Galo do rebaixamento, coisa que realmente aconteceu. O empate com o Toledo foi comemorado também como uma conquista de título pelos jogadores que não tem nada a ver com a péssima gestão que deixa marcas ruins e maculam a história do Grêmio de Esportes Maringá.

Os jogadores não tem culpa de nada; foram contratados e fizeram o que podiam, até mesmo quando foram colocados para fora do hotel em São Pedro do Ivaí por falta de pagamento. O Grêmio não cai, e o Paraná que quase foi para as semifinais não tem situação melhor. Nos próximos dez meses, quem tem vontade de assumir os dois clubes precisa saber aquilo que todo mundo sabe, e que dissemos no início deste texto; Camisa e nome não ganham jogos e ainda envegonham a história de Glórias construídas com tanta luta. Que fique a lição, porque se é para fazer assim, é melhor fechar as portas.