O vice-governador Darci Piana destacou nesta sexta-feira (19) as medidas que estão sendo adotadas pelo Governo do Estado para conter a disseminação do novo coronavírus e as estratégias para a retomada econômica no pós-pandemia. Ele participou de uma entrevista no programa Em Pauta, da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp), retransmitida para rádios de todo o Paraná.
O vice-governador salientou que o plano conjunto entre os municípios da Região Metropolitana de Curitiba para reduzir a circulação de pessoas e evitar o colapso do sistema de saúde, que será formalizado por decreto nesta sexta-feira, pode ser replicado em outras regiões caso haja disparada nos casos de Covid-19. “Pode ser que precisemos tomar as medidas necessárias em locais onde o crescimento está se acentuando”, afirmou.
“Apesar de os municípios terem autonomia, há um consenso de reforçar essas medidas em todo o Estado, dependendo da situação. O trabalho não pode ser feito de forma isolada, mas com critérios unificados para que não haja desencontro entre as atitudes tomadas pelas prefeituras”, disse.
A preocupação, afirmou Piana, é com os leitos, que estão ficando com menor disponibilidade. “O Paraná fez um grande investimento para ampliar número de leitos de enfermaria e UTI e o volume de respiradores, mas não podemos sobrecarregar o atendimento”, ressaltou.
PARCERIA HOSPITAIS
Dentro desses investimentos, lembrou o vice-governador, está a parceria com hospitais filantrópicos e privados e o adiantamento nas obras dos hospitais regionais de Ivaiporã (Vale do Ivaí), Telêmaco Borba (Campos Gerais) e Guarapuava (Centro) para disponibilizar leitos para pacientes da Covid-19.
“Já fazia parte do planejamento do governo o reforço nos serviços de saúde no Interior do Estado, para descentralizar o atendimento. Com a chegada da pandemia, o aumento de capacidade acabou ajudando na ampliação do volume de leitos. Não podemos ter, no Paraná, gente morrendo na fila por falta de atendimento”, salientou.
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ECONOMIA
Darci Piana também apresentou alguns detalhes sobre a plano para retomada da economia do Paraná após a pandemia. Ele comanda o Grupo de Trabalho para Coordenação de Ações Estruturantes e Estratégicas para Recuperação, Crescimento e Desenvolvimento do Estado do Paraná, que tem a participação de diferentes secretarias e órgãos, como as secretarias de Estado da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes.
A ideia, disse ele, é fazer grandes investimentos na infraestrutura dos municípios e acelerar obras públicas, para movimentar setores que geram grande número de empregos. “Fizemos um levantamento da situação do Estado e a orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior é usar toda a capacidade de endividamento do Estado para conseguir, com mecanismos nacionais e internacionais, recursos para investir em obras que utilizem o maior número possível de mão de obra”, explicou.
O plano, explicou, inclui a participação do empresariado e um diálogo constante com o setor produtivo, para manter os já confirmados e atrair novos investimentos privados para o Paraná. “Juntando forças entre os setores público e privado, o Estado sairá dessa crise o mais rápido possível, com um plano consistente para a economia”, disse.
“O Paraná tem uma economia pujante, tem capacidade de honrar seus compromissos e um setor produtivo forte. Mesmo na pandemia, a produção agrícola aumentou e o Porto de Paranaguá bate recordes mensais de exportação.”
Também há a preocupação com o aumento da disponibilidade de créditos de instituições como a Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), voltados principalmente para as micro e pequenas empresas. “Setores como o de turismo e serviços estão entre os mais impactados pela pandemia. O Governo do Estado elabora, junto com entidades como o Sebrae-PR e a iniciativa privada, um planejamento para atender áreas como essas”, afirmou.
CUIDADOS
Darci Piana reforçou, ainda, a orientação para que toda a população contribua para evitar a disseminação do novo coronavírus. “O esforço e o cuidado de cada um é fundamental. Todas as pessoas devem usar máscaras, reforçar os cuidados com a higiene e entender os pedidos do governo de evitar aglomerações. A vida das pessoas não tem preço”, completou.
Fonte: AEN/PR