Parlamento Europeu declara Rússia como “patrocinadora de terrorismo”

Os eurodeputados querem agora que a Comissão Europeia e o Conselho ajam de forma mais decisiva.

Parlamento Europeu declara Rússia como "patrocinadora de terrorismo" 2

foto: reprodução Euro News

Ataques indiscriminados contra civis ucranianos, bombardeamento de hospitais e infraestruturas por toda a Ucrânia, estes são apenas exemplos de ataques terroristas segundo o Parlamento Europeu que esta quarta-feira votou por larga maioria a favor do reconhecimento de Moscou como um**”estado patrocinador de terrorismo”**.

Os eurodeputados querem agora que a Comissão Europeia e o Conselho ajam de forma mais decisiva.

Pedimos à Comissão e ao Conselho que desenvolvam instrumentos jurídicos especiais, porque, por enquanto, a União Europeia não tem tal regulamentação como, por exemplo, os americanos, que têm uma lei especial sobre a designação dos Estados que patrocinam o terrorismo…Por outro lado, dizemos que a Rússia deve ser cada vez mais isolada enquanto utiliza tais meios terroristas”, defende Andrius Kubilius, eurodeputado lituano e antigo primeiro-ministro.

A votação poderia abrir o caminho para que Putin e o seu governo fossem responsabilizados por quaisquer possíveis crimes de guerra.

Mas nem todos são a favor de rotular a Rússia como estado patrocinador de terrorismo.

Um eurodeputado da Hungria, cujo governo é um dos poucos que permanecem alinhados com Putin na Europa, diz que o enfoque deve ser o fim da guerra.

“A União Europeia deve colocar a ênfase na criação da paz e de um cessar-fogo o mais rapidamente possível e depois uma situação que ponha fim à guerra, que acabe com o conflito militar”, afirma Balázs Hidvéghi, eurodeputado húngaro.

Reagindo ao voto do Parlamento Europeu, o presidente ucraniano Zelenskyy denunciou a Rússia como estado patrocinador do terrorismo.

Os eurodeputados apelaram também aos governos da UE para acelerarem a conclusão de uma nova ronda de sanções contra o Kremlin.

Mas o voto não é vinculativo, o que significa que os estados membros podem, em última análise, optar por ignorá-lo ou não. Euro News