Parlamento Europeu destitui Eva Kaili

Parlamento Europeu destitui Eva Kaili

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O Parlamento Europeu (PE) sancionou esta terça-feira Eva Kaili.

A eurodeputada grega implicada num escândalo de corrupçãodetinha uma das 14 vice-presidências do hemiciclo e  foi destituída da função por “má conduta grave”.

A proposta tinha de ter mais do que a maioria de dois terços dos votos, mas acabou por ser votada praticamente por unanimidade (625 votos a favor, um voto contra e duas abstenções). De acordo com a Presidente do PE Roberta Metsola já tinha sido objeto de uma decisão “unânime” da Conferência dos Presidentes, o órgão político do Parlamento Europeu onde estão os líderes dos partidos políticos representados no hemiciclo.

Eva Kaili, deputada socialista que foi presa na Bélgica no domingo, é suspeita de ter sido paga pelo Qatar para defender os interesses do emirado que acolhe o Campeonato do Mundo. Três outras pessoas foram detidas na investigação por um juiz de instrução belga.

 

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A defesa de Eva Kaili disse na terça-feira que esta não tinha aceite quaisquer “subornos do Qatar”. “A sua posição é que ela é inocente. Ela não tem nada a ver com os subornos do Qatar”, disse o advogado Michalis Dimitrakopoulos à televisão grega.

 

No entanto, foram encontrados sacos de dinheiro no seu apartamento na capital belga. O Ministério Público federal belga revelou que centenas de milhares de euros tinham sido apreendidos a três suspeitos em três locais diferentes durante as 20 buscas já efectuadas. A polícia também esteve nas instalações do Parlamento  em Bruxelas para fazer buscas a vários gabinetes.

 

Roberta Metsola expressou “fúria, raiva e tristeza” na segunda-feira, anunciando uma “investigação interna” para examinar todos os factos e uma revisão minuciosa dos procedimentos da instituição.

“Vamos lançar um processo de reforma para ver quem tem acesso às nossas instalações, como estas organizações, ONGs e indivíduos são financiados, que ligações têm com países terceiros, vamos pedir mais transparência nas reuniões com actores estrangeiros”, prometeu a líder maltesa.