Este 13º. Domingo do Tempo comum, cai no dia 29 de junho, festa dos apóstolos São Pedro e São Paulo. O que une esses dois homens tão diferentes é sua entrega à missão e seu testemunho fiel selado com o sangue do martírio. Esta é a razão de se celebrar sua festa com paramentos vermelhos, a cor dos mártires, e não com paramentos verdes do tempo comum. Simão, era um rude e decidido pescador da Galileia que respondeu prontamente ao chamado do mestre à beira do lago de Tiberíades. Abandonou o seu barco para se tornar um pescador de homens (Mt 4, 18-20). Depois de sua confissão de que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, este trocou-lhe o nome de Simão para Pedro, rocha. Prometeu que sobre esta rocha da confissão da sua messianidade, seria edificada a sua Igreja (Mt 16, 16-18). Pedro, na hora da prisão e interrogatório de Jesus pelo sumo sacerdote, por três vezes, o negou, dizendo que não era do grupo de seus seguidores e que nem o conhecia (Mc 14, 66-72). Depois da ressurreição, Jesus volta a chama-lo simplesmente de Simão, seu nome antes de ser chamado à beira do lado, e não mais de Pedro. A ele que o negou por três vezes, interpela-o também por três vezes: “Simão, filho de Jonas, tu me amas?” (Jo 21, 15). Ao confirmar arrependido e envergonhado sua amizade e amor, o Ressuscitado confia-lhe novamente a missão, não mais de pescador, mas de pastor: “Apascenta meus cordeiros, apascenta minhas ovelhas” (Jo 21, 16-17). Ao presenciarmos as lágrimas e o imenso afeto demonstrado pelo povo que, ininterruptamente desfilou na Basílica de São Pedro, para despedir-se do Papa Francisco e o acompanhou pelas ruas da cidade até o lugar do seu sepultamento no chão nu da Basílica dedicada à Mãe de Deus e nossa Mãe, Santa Maria Maior, podemos intuir o sentimento de quem perdeu um pai a quem fora confiada uma especial missão, a de presidir na caridade a caminhada da Igreja : “E tu uma vez convertido, confirma teus irmãos” (Lc 22, 32). Isso ajuda também a explicar a alegria e o júbilo da multidão reunida na Praça São Pedro, quando a fumaça branca anunciou que fora escolhido quem deveria prosseguir naquela missão confiada a Pedro e a seus sucessores e o Papa Leão assomou no balcão da Basílica e repetiu as palavras do Ressuscitado aos discípulos com as portas trancadas por medo dos judeus: “A paz esteja convosco” (Jo 20, 19). Paulo, não era um pescador da Galileia, mas um letrado judeu e ao mesmo tempo, um cidadão romano, que pertenceu à seita dos fariseus e foi educado aos pés de Gamaliel na prestigiosa Escola do Templo de Jerusalém (At, 22, 3-5). Perseguiu com fúria as primeiras comunidades cristãs, mas teve o encontro de sua vida no caminho para Damasco, quando uma grande luz o cegou e uma voz o interpelou: “Saulo, Saulo por que me persegues?” À sua pergunta: “Quem es Senhor?”, recebeu a resposta: “Eu sou Jesus a quem persegues”. (At, 9, 3-5). Paulo vai atrás das ovelhas que não são do redil e assume a tarefa de anunciar a boa nova aos gentios, depois de ser reiteradamente rechaçado pelos seus. Em Antioquia da Pisídia, depois de ele e Barnabé, serem insultados pelos judeus, falou com ousadia: “A vós, por primeiro, era preciso que fosse anunciada a palavra de Deus. Porém, visto que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, nós nos dirigimos aos pagãos. Assim, nos ordena o Senhor: ‘Eu faço de ti luz para as nações, para que minha salvação atinja os confins da terra’” (At 13, 46-47). Paulo nesta sua aventura de pregar o Cristo aos que estavam fora e longe, “ai de mim, se não evangelizar (1 Cor 9, 16), carregava também no seu coração a preocupação e “a solicitude por todas as igrejas” (2 Cor 11, 29). Que o testemunho de Pedro e Paulo continuem inspirando a todas nossas comunidades na sua tarefa de serem fieis continuadoras da missão do Ressuscitado.
Homilia: “Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão”.
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