Dois cidadãos russos e um ucraniano foram considerados culpados do abate do voo MH17 e condenados à pena perpétua. O quarto suspeito, de nacionalidade russa, foi absolvido devido à falta de provas.
A justiça neerlandesa considera que o voo da Malaysia Airlines que se despenhou em 2014 sobre território ucraniano foi abatido por um míssil, descartando qualquer cenário de acidente.
Os russos Igor Guirkine e Serguei Doubinski e o ucraniano Leonid Khartchenko foram condenados pelo papel desempenhado no ataque ao avião, utilizando equipamento militar russo.
O tribunal presidido por Hendrik Steenhuis determinou ainda que os suspeitos tinham uma relação próxima com a Rússia e que o lançamento de um míssil, apesar de não se tratar de uma ação direta das Forças Armadas russas, se tratou de uma “ação militar concertada”.
A justiça neerlandesa estabeleceu ainda que a Rússia tinha o controlo sobre a República autoproclamada de Donetsk, de onde partiu o ataque.
O julgamento teve início em março de 2020 e culminou agora com a condenação à revelia de três dos quatro suspeitos. Apesar da sentença, é pouco provável que venham a cumprir efetivamente a pena de prisão. Têm duas semanas para recorrer da decisão do tribunal neerlandês.
O MH17 partiu de Amesterdão com destino a Kuala Lumpur a 17 de julho de 2014 e despenhou-se no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo. Não houve qualquer sobrevivente.