Penas pesadas para as quatro mulheres que se tornaram no “rosto feminino da jihad” em França, por terem tentado fazer explodir uma viatura armadilhada junto à catedral Notre Dame de Paris, em setembro de 2016.
Ornella Gilligmann, de 31 anos, e Inès Madani, de 22 anos, foram condenadas respetivamente a 25 e 30 anos de prisão.
Laurent Pasquet-Marinacce, advogado de Inès Madani: “É uma decisão tomada para dar um exemplo. Isso é indiscutível. E que, na minha opinião, está desligada da gravidade dos factos, porque não houve mortos nem feridos, e da personalidade desta jovem.”
Se Gilligmann socumbiu em lágrimas ao ouvir o veredito, já Madani manteve-se impassível.
Laurent-Franck Liénard, advogado da acusação: “Vimos, pelas atitudes, que elas estão ainda em plena reivindicação do seu radicalismo.”
Duas colaboradoras, Amel Sakaou – proprietária do apartamento onde as duas fugitivas se refugiaram – e Sarah Hervouët – outra jovem que se junto a Gilligmann e Madani e feriu com uma faca um polícia no momento da detenção do grupo -, receberam penas de 20 anos de prisão.
O atentato de 2016 falhou por terem recorrido a gasóleo, um combustível difícil de inflamar.