Alexei Navalny, principal opositor político do presidente Vladimir Putin, está entre as mais de 500 pessoas detidas na Rússia, em manifestações contra a atuação policial no caso do jornalista Ivan Golunov.
Mesmo a libertação do repórter na terça-feira não acalmou a oposição, que denuncia manobras do Kremlin para tentar fazer a imprensa se calar.
“Cada um de nós, como sabemos bem pelas nossas experiências, pode cair nas mãos do sistema repressivo, ser detido e ficar preso vários anos. Se não houver solidariedade e apoio da sociedade civil, o sistema vai quebrar-nos a todos, um a um”, diz Serguei Udaltsov, líder de uma fação opositora esquerdista.
Ilia Azar, jornalista da “Novaya Gazeta”, testemunhou as detenções: “Pensava que a polícia só iria prender quem empunhava cartazes com mensagens políticas, mas estamos a ver que estão a deter toda a gente, mesmo aqueles que só estão aqui parados ou a andar. Há muitos jornalistas detidos”.
A libertação de Golunov foi um passo atrás inesperado, depois de toda a pressão mediática para que o jornalista, que já expôs vários casos de corrupção na câmara municipal de Moscovo, fosse libertado. Segundo testemunhas, a marcha por Golunov e contra o governo de Vladimir Putin juntou cerca de mil pessoas no centro da capital russa. Para Navalny, as entradas e saídas da prisão tornaram-se regulares nos últimos anos.
fonte: euronews.com