O grau de importância da ativação da ala, com capacidade para 108 leitos, do Hospital Universitário Regional de Maringá (HU) vai além do momento crítico atual, provocado pela pandemia do novo coronavírus. É o entendimento dos 30 prefeitos das cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). Nesta sexta-feira, eles aproveitaram a visita do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, à unidade hospitalar e entregaram um documento, onde reivindicam que a estrutura continue a receber investimentos no pós-enfrentamento ao contágio pela COVID-19.
Na visita ao HU, Ratinho Júnior anunciou o repasse de R$ 15,3 milhões, para a ativação da ala, com 108 leitos. Desse total, R$ 7,8 milhões, serão para custeio, nos próximos seis meses; e R$ 7,5 milhões, para a compra de equipamentos, mobiliário e insumos médicos. A princípio, o espaço será usado para o tratamento, exclusivo, de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Passada a pandemia, o local atenderá a demanda da região, no que diz respeito às cirurgias seletivas, traumas, emergências e demais atendimentos médico-hospitalares.
Ratinho Júnior destacou que que os novos leitos atendem a estratégia do governo estadual de ampliar o atendimento de forma regional e personalizado para os pacientes infectados pela COVID-19. “Nossa missão é atender bem e com qualidade, para salvar o máximo de vidas possível, principalmente, das pessoas que precisarem de tratamento em estágio mais avançado da doença”, afirmou. Em seguida, acrescentou, que o mobiliário e os equipamentos são do HU e terão utilidade na sequência do trabalho da unidade. “Tudo que for comprado vai permanecer aqui para atender a demanda regional”, frisou.
O presidente da Amusep, prefeito de Mandaguari, Romualdo Batista, o Batistão, que entregou o documento ao governador, ao lado do presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Gestão da Amusep (Pró-Amusep), prefeito de Ângulo, Rogério Aparecido Bernardo, comentou que a preocupação geral dos 30 prefeitos da região era em relação à ativação da ala.
“O Governo garantiu os investimentos necessários para este momento crítico. Agora, o desafio é finalizar a compra dos materiais e equipamentos e contratar os profissionais para que a ala seja ativada o mais rápido possível”, declarou.
Rogério Bernardo recordou que, desde o início do registro de casos no Paraná, os prefeitos estão mobilizados para ativar a ala do HU. O Hospital é referência para o atendimento da população residente na região. Para o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), professor Júlio César Damasceno, e para superintendente do HU, doutora Elisabete Mitiko Kobayashi Wilson, o papel da Amusep e dos prefeitos foi fundamental para a liberação dos recursos que vão possibilitar ativar e habilitar os 108 leitos.