Prefeitura realiza mutirão de testes rápidos para detecção de sífilis, HIV e Hepatites B e C

Prefeitura realiza mutirão de testes rápidos para detecção de sífilis, HIV e Hepatites B e C

foto: Rafael Macri/PMM

A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, inicia nesta terça-feira, 22, um mutirão de testes rápidos para detecção de sífilis, HIV e Hepatite B e C na Unidade Básica de Saúde (UBS) Aclimação. A população pode comparecer à unidade das 14h às 16h, de segunda a quinta-feira, até o dia 2 de dezembro. O resultado sai em 25 minutos e, em caso positivo, o paciente será encaminhado para consulta médica no mesmo dia.

“Devido ao alto número de casos de sífilis em regiões universitárias, optamos por intensificar os testes rápidos, também de HIV, visto que são doenças sexualmente transmissíveis e necessitam de atenção. Assim, contribuímos com a agilidade no diagnóstico e tratamento dessas doenças”, explica o secretário de Saúde, Clóvis Melo.

É possível realizar testes rápidos e agendamento de consultas com clínico geral em todas as UBSs do município, de acordo com o horário de funcionamento da unidade.

Sífilis 

A Secretaria de Saúde registrou, de janeiro a outubro deste ano, 359 casos de sífilis, sendo 281 (78,3%) homens e 78 (21,6%) mulheres. A doença pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primário, secundário e terciário). A sífilis primária consiste em pequenas feridas nos órgãos genitais que podem desaparecer de forma espontânea, além de gânglios e ínguas na região da virilha. A secundária faz com que manchas vermelhas apareçam na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e nos pés, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e linfonodos espalhados pelo corpo. A sífilis terciária compromete o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, causando inflamação da aorta, além de lesões na pele e ossos. Em casos de sintomas ou suspeita, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.

HIV 

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um retrovírus e uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que pode causar Aids. É possível contrair HIV por meio de relações sexuais sem preservativo e pelo contato com sangue infectado. Neste último caso, quando a mulher é portadora do vírus, ela pode transmitir para o bebê durante a gravidez.

O paciente que tem HIV não necessariamente tem Aids. Há pessoas soropositivas que vivem sem apresentar sintomas ou até mesmo desenvolver a doença. O tratamento para o HIV consiste em diminuir a transmissão e contribuir para uma melhora na evolução clínica do portador, visto que a doença não tem cura. Atualmente, são utilizadas drogas anti-retrovirais, conhecidas como “coquetel”, que levam à redução da carga viral e diminuem a progressão da doença, reduzindo as complicações dos sintomas e a mortalidade.

Hepatites B e C 

As hepatites B e C são Infecções Sexualmente Transmissíveis. A hepatite B, na maioria das vezes, não apresenta sintomas, no entanto, em alguns casos, pode apresentar cansaço, tontura, enjoos ou vômitos, febre, dor abdominal e olhos amarelados. Por não ter cura, seu tratamento visa a redução do risco de progressão da doença, incluindo uma possível morte, por meio de medicamentos como alfapeginterferona.

A hepatite C pode se manifestar de duas formas: aguda ou crônica. A descoberta da doença acontece, na maioria dos casos, já na fase crônica, em decorrência da dificuldade do diagnóstico. Cerca de 80% dos pacientes que possuem hepatite C não apresentam manifestações ou sintomas da doença. No entanto, diferente da hepatite B, a C possui cura de até 95% se tratada por meio de medicamentos antivirais de ação direta, possibilitando a eliminação da infecção. ASC/PMM