PRF autua caminhoneiro que dirigia há mais de 24 horas levando filho de 10 anos como passageiro

Motorista que começou viagem no Espírito Santo não possuia certificado de teste tóxicológico e no veículo pesado foram encontradas cartela de suplemento alimentar à base caféina para evitar o sono

PRF/PR AUTUA CAMINHONEIRO QUE DIRIGIA HÁ MAIS DE 24 HORAS SEM DORMIR. foto - PRF/PR

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal do Paraná quase não acreditaram no que estava acontecendo quando abordaram um caminhoneiro na última sexta-feira, 28, na BR 116 em Fazenda Rio Grande – região metropolitana de Curitiba.  O homem de 45 anos que tinha começado sua viagem em Serra – Espírito Santo – dirigia seu meio pesado há mais de 24 horas sem dormir. As informações vieram do tacógrafo instalado no caminhão. O equipamento, registra distância, velocidade e tempo de direção de veículos de transporte de carga e de passageiros.

Mas o que já era grave se tornou grotesco quando os agentes descobriram que à bordo do veículo ele levava seu próprio filho de apenas dez anos. ” O descumprimento dessa regra aumento o risco de acidentes causados pelo sono e por falta de atenção”, explicam os PRFs.

A cada indagação que os agentes faziam, descobriam coisas que tornavam a situação ainda mais séria. Além de infrigir a lei do descanso, foi constatado que o condutor estava sem registro de exame toxicológico que  o veículo que ele conduzia já tinha sido autuado 43 vezes pela PRF em 2024. “A maioria das autuações foram por excesso de velocidade”, frisam os policiais.

A viagem teria iniciado próximo a cidade de Serra, no Espirito Santo, no dia 26, fazendo apenas três pequenas paradas de no máximo uma hora. Segundo informação do condutor, o destino final seria o Rio Grande do Sul.

No veículo foram encontradas cartelas de “corujão”, um suplemento alimentar a base de cafeína, muito comercializado em estabelecimentos ao longo das rodovias.

Após os procedimentos administrativos, a PRF escoltou o caminhão até um posto de combustíveis para que o condutor realizasse o descanso de 11 horas exigido por lei.