Primeiro-ministro francês Edouard Philippe se demite, Jean Castex assume. Veja o vídeo

Primeiro-ministro francês Edouard Philippe se demite, Jean Castex assume. Veja o vídeo

O primeiro-ministro francês apresentou esta manhã a demissão do governo ao presidente Emmanuel Macron. O anúncio foi feito pelo palácio do Eliseu.

O Conselho de ministros previsto para hoje fica, assim, sem efeito, mas Edouard Philippe e o executivo garantirão a gestão dos assuntos correntes até à nomeação de um novo governo.

 
 

A declaração da presidência francesa não menciona se Philippe será reconduzido na liderança do próximo executivo, cuja composição deverá ser conhecida até quarta-feira, data do próximo Conselho de ministros.

A demissão significou a interrupção imediata de todas as atividades ministeriais e a suspensão da sessão parlamentar, na qual era examinado o terceiro projeto de orçamento retificado.

Desde que Macron assumiu a presidência, Philippe sempre foi reconduzido, mas um total de 17 ministros deixaram o governo, 13 dos quais por própria iniciativa.

 
 

Jean Castex é o novo primeiro-ministro francês. O homem que foi responsável pela estratégia nacional de desconfinamento substitui Édouard Philippe que se demitiu.

Castex – que vem da mesma formação política que o seu antecessor, Os Republicanos, da direita gaulesa, fundada por Nicolas Sarkozy – era desde 2008 presidente de câmara da cidade de Prades, nos Pirenéus Orientais, junto da fronteira com Espanha.

Emmanuel Macron já tinha anunciado uma remodelação governamental antes da segunda volta das eleições Autárquicas, que acabaram com um resultado pouco favorável para o seu partido. Mas essa não terá sido a razão que levou à saída de Édouard Philippe, como adianta uma deputada do partido do chefe de Estado, Natalia Pouzyreff:

“Nos últimos dois anos tivemos de virar a página e abrir um novo capítulo com novas reformas. Há coisas novas na agenda, novas questões nas quais queremos focar-nos como a proteção social e a remodelação do sistema de Saúde, acrescentando uma adenda que contempla os idosos, e precisamos concentrar-nos mais no meio ambiente”. Portanto, esclarece, são alterações normais num mandato de cinco anos.

Ironicamente, a única cidade conquistada pelo República em Marcha de Macron foi Le Havre, a cidade de Édouard Philippe.

Antes da sua demissão, mas após as Autárquicas, Macron aprovava várias propostas que vinham da Convenção Cidadã do Clima, de janeiro, e anunciava 15 mil milhões de euros, para os próximos dois anos, para tornar a economia gaulesa ecológica. Medidas que serão debatidas em conselho de ministros mas já com nova liderança.fonte: Euronews