Começou a tramitar na Assembleia Legislativa do Paraná a proposta do Poder Executivo que prevê o reajuste salarial dos professores da rede pública estadual de ensino. No início da sessão plenária desta terça-feira (27), o primeiro-secretário da Casa, deputado Gugu Bueno (PSD), leu a mensagem nº 43/2025 encaminhada pelo Governo do Estado. De acordo com a proposição do Governo, o reajuste da categoria pode chegar a 11,31% em algumas classes.
O Governo explica na mensagem que, ao todo, a rede estadual de ensino do Paraná tem 68 mil professores ativos e 40 mil inativos, que também terão vencimentos reajustados. Além da nova tabela do salário-base, os profissionais ainda recebem auxílio-transporte (R$ 891,32) e gratificação de tecnologia e ensino (R$ 846,32). Com a mudança, que representa um acréscimo de até R$ 500, o menor salário para o primeiro nível na jornada de 40 horas será de R$ 6,6 mil para funcionários da ativa. O piso nacional para o mesmo período, na base da carreira, é de R$ 4,8 mil.
O projeto de lei prevê reajustes nominais para os professores que têm jornadas de 20 horas e para os profissionais que trabalham em jornadas de 40 horas, que são as referências – professores com cargos de 20h semanais podem trabalhar com aulas extras, recebendo o valor proporcional da carga horária trabalhada. Os profissionais do topo da carreira, segundo o texto, podem ter uma remuneração de mais de R$ 13,9 mil com a soma de salário, auxílio e gratificação.
O Executivo informa que os valores serão aplicados para todos os níveis e todas as classes do Quadro Próprio do Magistério (QPM) e para o Quadro Único de Pessoal (QUP), que é mais antigo e será extinto porque os novos profissionais são incorporados ao QPM. O impacto da mudança, diz o Executivo, será de cerca de R$ 456 milhões por ano.
Encaminhamentos
O líder do Governo na Casa afirmou durante a sessão plenária que o texto deverá ser amplamente debatido no Poder Legislativo. “Por mais que eu entenda que o Governo está fazendo um grande esforço, vamos tentar construir com todas as partes para melhorar o projeto”, disse.
Já o deputado Professor Lemos (PT) solicitou em plenário para que o Poder Executivo acolha as demandas da categoria para alterar o projeto. “Precisamos ter a correção do piso do Magistério, que é uma dívida que o Estado tem desde o ano passado, a quem está no início da tabela, repercutindo em toda a tabela, alcançando aposentados e pensionista”, afirmou.
Por fim, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PSD), informou que aguarda as reuniões de parlamentares com a APP Sindicato para ouvir as demandas referentes à proposta antes de colocá-la em pauta. ASC/ALEP