Quando o projeto 16.058/2021 passou em primeira votação com 10 votos à favor na Câmara Municipal de Maringá na terça-feira passada, parecia que a criação do Conselho Municipal LGBTIA+ já era uma realidade e que a segunda votação na sessão desta quinta-feira, 19, seria uma mera formalidade, mas tudo não passou de um ledo engano.
Primeiro ítem da pauta de hoje, o projeto recebeu 20 emendas ao texto original, o que tornou sua aprovação praticamente impossível, já que seria necessário que cada emenda fosse apresentada, defendida, debatida e enfim votada, para que posteriormente o texto pudesse ser votado.
O vereador do Avante Sidnei Telles (Avante) pediu a retirada do projeto da pauta por quatro sessões e seu pedido provocou reações do público LGBT, cerca de 50 pessoas que puderam entrar após esperarem por mais de uma hora na fila fora da Câmara para participar da sessão. Muitas pessoas ficaram fora porque a Portaria que autoriza a participação do público prevê a participação de no máximo 50 pessoas.
veja as entrevistas com os vereadores Mário Verri e Sidnei Telles
O projeto foi retirado e já se estuda a realização de uma audiência pública para debater um texto que vá ao encontro das ambições das associações LGBTIA+ e que não desagrade alguns setores da sociedade que não concordam com alguns pontos como O FATO que tenha poder de deliberação.
O vereador Telles defendeu as modificações enquanto o vereador Mário Verri criticou a apresentação de emendas e as classificou de obstrucionistas.