Vinte e cinco projetos de pesquisa da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foram contemplados em chamada pública federal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Este foi o maior número de projetos aprovados entre as sete universidades estaduais.
Os pesquisadores da UEM vão receber R$ 2.365.737,89 para desenvolverem os estudos científicos em várias áreas do conhecimento. A soma corresponde a 37% do valor total destinado às universidades estaduais paranaenses, que totalizou R$ 6,2 milhões.
Entre os projetos aprovados da UEM, no valor de R$ 275 mil, está a que irá pesquisar o potencial de extratos de plantas para a produção de compostos na área da saúde, como antioxidantes e anti-inflamatórios. O professor Adelar Bracht, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da UEM, coordenador do projeto, destaca a importância da iniciativa. “Essas atividades de pesquisa são fundamentais, pois são um meio de formar profissionais especializados e apresentar resultados que efetivamente contribuem no conhecimento humano, o que sempre se traduz em melhorias nas condições sociais, econômicas e de saúde”, pontua.
A professora Rosângela Bergamasco, do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UEM, também obteve aprovação do projeto de pesquisa que estuda sistema de remoção de fármacos e inativação de microrganismos em água por meio de adsorventes naturais suportados com óxido de grafeno e nanopartículas metálicas.
Segundo a pesquisadora, este estudo é de fundamental importância para a saúde humana e a sociedade como um todo, pois os tratamentos convencionais aplicados nas estações de água não são eficazes na remoção dos fármacos, além do que os microorganismos e os fármacos alteram a qualidade dos recursos hídricos e reduzem a potabilidade da água. O projeto, no valor de R$ 275 mil, conta com 15 pesquisadores, cinco colaboradores, três alunos de pós-graduação e um aluno de graduação.
“Para mim, esse reconhecimento é fruto de meu trabalho que sempre foi trabalhar com poucos recursos e se destacando entre os melhores pesquisadores do mundo. Para a UEM, esse projeto vai contribuir para a formação de recursos humanos e também para a sociedade, visto que o projeto em questão é para o tratamento de águas contaminadas, contribuindo assim para a qualidade de vida da população local e nacional. O projeto será realizado em parceria com empresas nacionais que irão depois implementar os resultados desta pesquisa em seus processos de purificação de água”, declara.
Na avaliação Bracht, é muito promissor que o CNPq volte a financiar projetos de pesquisa nas universidades e institutos de pesquisa, com maior intensidade agora, pois segundo ele vários laboratórios já estavam enfrentando grandes dificuldades para manter suas atividades. “A sociedade não pode prescindir de investimentos desse tipo. Façamos votos que os investimentos tenham continuidade”. ASC