Nesta segunda-feira, dia 17, a parlamentar e o deputado Requião Filho, ambos do PT, protocolaram um requerimento cobrando explicações sobre os gastos com publicidade referente ao assunto.
“É um absurdo que o governo produza uma propaganda institucional com tantas inverdades. Em resumo, a verdade que Ratinho quer esconder é uma só: o programa permite interferência pedagógica nas escolas e privatiza, sim, a educação pública”, afirma Ana Júlia.
Os deputados solicitam, através de requerimento, o contrato da empresa que realizou a campanha publicitária; quantas peças foram produzidas e quais os custos para confecção e divulgação.
Segundo Ana Júlia, todos os pontos da propaganda financiada pelo governo com recursos públicos podem ser rebatidos. “Diferente do que fala a propaganda do governo, a lei prevê que a empresa contratada estabeleça planos e metas pedagógicas que vincularão toda a escola, inclusive os diretores. A prova disso é a permissão para as empresas usarem em sala de aula as próprias plataformas e diretrizes pedagógicas”.
A deputada lembra que, durante a greve, a SEED disparou um vídeo para pais e alunos, violando dados pessoais e ferindo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), com narrativa de criminalização da luta sindical e pela educação, e que o ato veio seguido de uma imposição de sigilo nos documentos da secretaria – medida derrubada após pedido da deputada.
“A interferência pedagógica das escolas é nítida, o que caracteriza privatização. Mas isso não está na propaganda”, finaliza.
ASC/ALEP