Putin ameaça com “catástrofe global”

Putin ameaça com "catástrofe global"

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Vladimir Putin volta a agitar a ameaça nuclear. Em Astana, na cimeira entre a Rússia e os países da Ásia Central, avisou a NATO de que qualquer “confronto direto” entre tropas da aliança e os militares leais a Moscovo resultará numa “catástrofe global”.

“O envolvimento de qualquer força militar em contacto direto, num confronto direto com o exército russo, é um passo muito perigoso que pode conduzir a uma catástrofe global”, disse o presidente russo na capital do Cazaquistão adiantando esperar que o “senso comum” prevalença entre os que defendem uma intervenção em território ucraniano.

 

Sobre a possibilidade de um encontro com o presidente dos Estados Unidos à margem do G20, em novembro, na Indonésia, Putin diz que ainda não é tempo.

“Têm de lhe perguntar [a Joe Biden] se está pronto para ter estas negociações comigo. Falando com franqueza, em geral não vejo qualquer necessidade. Ainda não há plataforma para estas negociações,” declarou.

Investigação ao ataque à ponte Kerch na Crimeia

O presidente russo levanta suspeitas sobre a utilização dos corredores humanitários para fins militares. Putin disse haver indícios de que o transporte do material usado na explosão da ponte de ligação do continente à Crimeia veio por barco a partir de Odessa.

“O Serviço Federal de Segurança registou que, em grande parte, parece que a chamada carga – mas podem dizer os explosivos – foi enviada por mar a partir de Odesa,” afirma a líder russo, reconhecendo que tal “ainda não foi verificado”.

“Se tiver sido feito com a ajuda dos cargueiros de cereais; se se descobrir que o corredor humanitário é utilizado para cometer os ataques terroristas, é claro que se levantarão enormes questões quanto ao futuro deste corredor humanitário,” promete.

Perante os vizinhos da Ásia central, Putin anunciou que a mobilização de 300 mil reservistas vai estar concluida em duas semanas e diz que para já não vê necessidadae de novos ataques maciços como os do início da semana na Ucrânia. euronews