Putin fala de “um ato criminoso” na tentativa falhada do Wagner lançar a confusão

Vladimir Putin disse terem sido tomadas "todas as medidas para defender a Constituição" russa e "evitar um derramamento de sangue".

Presidente da Rússia falou pela primeira vez após a a revolta dos mercenários paramilitares russos ocorrida no fim de semana.
Presidente da Rússia fala de “um ato criminoso” e de uma “tentativa falhada de lançar a confusão interna”, na primeira declaração após a revolta do grupo mercenário Wagner em pleno território russo.

Num discurso gravado, difundido já à noite (22h10 em Moscovo, menos duas horas em Lisboa), com uma duração de 5:12 minutos e composto por 509 palavras (precisão da agência Tass), Vladimir Putin disse terem sido tomadas “todas as medidas para defender a Constituição” russa e “evitar um derramamento de sangue”.

O chefe de Estado acusou os “organizadores da revolta” de terem “empurrado” os soldados do Wagner “para a morte e para um fratricídio”, “mas falharam”.

O Presidente russo admitiu que “a sociedade dividiu-se”, mas elogiou ” a maioria dos elementos do grupo Wagner como patriotas”. “Mostraram isso no Donbass”, acrescentou e, por isso, disse, “mereceram uma chance de mudar de ideias”.

Putin convidou os mercenários do grupo Wagner a juntarem-se às forças armadas russas ou a exilarem-se na Bielorrússia.

Após a difusão da declaração, foi noticiado pela agência Tass que o Presidente teria iniciado uma reunião com o procurador-geral russo, Igor Krasnov, o chefe de gabinete do Kremlin, Anton Vaino, o ministro do Interior Vladimir Kolokoltsev, o ministro da Defesa Sergei Shoigu, o diuretor do FSB, Alexander Bortnikov, o chefe da Guarda nacional Viktor Zolotov, o chefe do FSO Dmitry Kochnev e chefe da Comissão de Investigaç âo alexander Bastrykin.

Ainda para esta noite estava previsto também um discurso do Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, que no fim de semana terá servido de mediador entre Putin e Yevgeni Prigozhin, o líder do grupo Wagner, a quem terá prometido acolher na Bielorrússia. euronews