O governo sírio entrou em colapso na madrugada de domingo, caindo perante uma ofensiva relâmpago dos rebeldes que tomaram o controlo da capital Damasco. Milhares saíram às ruas para celebrar o fim dos 50 anos de domínio da família Assad.
Os rebeldes sírios afirmaram ter entrado na capital Damasco e que o presidente de longa data Bashar Al-Assad “fugiu do país”, o culminar de um avanço relâmpago pelo país que começou no final de novembro.
Os grupos insurgentes, liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), anunciaram também que tinham entrado na famosa prisão militar de Saydnaya, a norte da capital, e que tinham “libertado os nossos prisioneiros”.
Um dia antes, as forças da oposição tomaram o controlo da cidade central de Homs, a terceira maior cidade da Síria, depois de as forças governamentais a terem abandonado.
Homs situa-se numa importante intersecção entre Damasco e as províncias costeiras sírias de Latakia e Tartus, a base de apoio do líder sírio e onde se encontra uma base naval russa.
A tomada da capital síria foi uma grande vitória para os rebeldes, que já tinham tomado as cidades de Alepo e Hama, bem como grande parte do sul, numa ofensiva que começou a 27 de novembro.
Os avanços registados na semana passada são de longe os maiores dos últimos anos por parte das fações da oposição, lideradas por um grupo que tem origem na Al-Qaeda e é considerado uma organização terrorista pelos EUA e pelas Nações Unidas.
Na sua tentativa de derrubar o governo de Assad, os rebeldes têm encontrado pouca ou nenhuma resistência por parte do exército sírio.
Os habitantes de Damasco apressaram-se a abastecer-se de provisões diárias, com milhares de pessoas a dirigirem-se para a fronteira com o Líbano, tentando abandonar o país. Enquanto outros saíram às ruas para celebrar a queda do regime.
🔴 #AHORA | Las estatuas de al-Assad en Siria están siendo derribadas por los rebeldes tras el fin de 53 años de dinastía. pic.twitter.com/8o2NAhqqhC
— Mundo en Conflicto 🌎 (@MundoEConflicto) December 8, 2024
Entretanto, a ONU afirmou que estava a deslocar o pessoal não crítico para fora do país como medida de precaução. fonte – euronews.
Putin autoriza asilo a Al-Assad
As informações sobre os ataques israelitas chegam na mesma altura em que o Kremlin confirmou que foi o próprio Vladimir Putin a autorizar a ida de Bashar al-Assad para a Rússia.
“Essas decisões não podem certamente ser tomadas sem o chefe de Estado”, disse Peskov numa conferência telefônica com os jornalistas. “A decisão foi dele”.