Requião Filho denuncia tercerizações e desmonte dos serviços públicos no Paraná

“Os gastos com terceirizações têm sido muito mais altos e têm levado um serviço pior para dentro das escolas, nos hospitais, na segurança”, destacou líder da Oposição na Casa

FOTO: Orlando Kissner/Alep

Líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Requião Filho (PT) destacou nesta terça-feira (30), na prestação de contas do Poder Executivo relativa ao primeiro quadrimestre de 2023, um aumento expressivo nos gastos com custeio pelo governo do Estado, política que reflete no aumento das terceirizações e no desmonte dos serviços públicos na educação, saúde, segurança e outras áreas.

Segundo Requião Filho, a prestação de contas apresentada pelo Secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, mostra que houve um aumento pequeno de gasto com pessoal, mas um aumento muito grande no custeio, com terceirizações.

“Entre 2020 e 2023, o custeio saltou de R$ 3,6 bi para R$ 7,2 bi, um aumento de quase 98%. Deste aumento, quase R$ 2 bilhões corresponde às terceirizações. O governo vai dizer na propaganda que reduziu os gastos com a folha de pagamento, mas os gastos com as terceirizações têm sido muito mais altos, e tem levado um serviço pior para dentro das escolas, nos hospitais, na segurança. Nós precisamos de grandes concursos públicos no Estado”, apontou.

Ele ressaltou que o governo está mais preocupado em diminuir a folha de pagamento para poder endividar ainda mais o Estado, aumentando o custeio. Segundo Requião Filho, hoje os agentes educacionais recebem menos pelo mesmo trabalho do que recebiam antes, quando eram PSS.

“Quando vamos corrigir esta maquiagem, de tirar da folha e jogar para custeio? O secretário e o Governo defendem que a situação do Paraná vai de mal a pior, em relação à previsão e que é efetivamente arrecadado. Em contraposição, as propagandas mostram um Estado pujante, rico e forte. O governador precisa decidir se o Paraná é o Estado que está sendo apresentado na Assembleia, que não pode dar aumento aos servidores, ou aquele Estado lindo e maravilhoso das propagandas”, criticou.

ASC/ALEP