Revogada definitivamente Lei Seca do Vestibular da UEM

Lei já tinha sido suspensa na metade de 2023 e não houve problemas no vestibular realizado no dia 12 de dezembro de 2023. "Se começar a acontecer qualquer tipo de algazarra, reapresentaremos a Lei novamente", disse o vereador Mário Hossokawa

MÁRIO HOSSOKAWA (PP) - PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, AUTOR DA LEI JUNTO COM O VEREADOR MÁRIO VERRI (PT)

Com 14 votos possíveis os vereadores de Maringá aprovaram a revogação definitiva da Lei n. 8.054/2008 que em 2008 instituiu a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas no entorno da Universidade Estadual de Maringá no período de realização de vestibulares.

A revogação acontece depois de uma suspensão temporária aprovada em 29 de junho do ano passado. Depois disso, a Universidade já realizou dois vestibulares sem transtornos nos bairros da região.

O vereador e presidente da Câmara – Mário Hossokawa (PP), autor da Lei junto com o vereador Mário Verri (PT),  disse em entrevista a OFATOMARINGA.COM “que a experiência foi um sucesso”. Segundo Hossokawa, os moradores da região da UEM perceberam que hoje a realidade do vestibular é bem diferente da que existia em 2008, ano em que foi aprovada a Lei que institui a proibição de consumo de bebidas alcoolicas nos dias do concurso.

“Naquele tempo, o vestibular durava três dias e atraia quase 20 mil estudantes, hoje são menos de 2 mil candidatos e as provas são feitas somente no domingo”, explicou o presidente da Câmara.

O vereador explicou também que “”Se começar a acontecer qualquer tipo de algazarra, reapresentaremos a Lei novamente”.

Outro dado positivo vem da Abrasel. A Associação de Bares e Restaurantes através do presidente da região noroeste – Rafael Cecato, disse que o retorno para os comerciantes em termos de faturamento é exatamente os 30% que eles perdiam quando a Lei Seca estava em vigor.

Na foto de Marquinhos Oliveira/CMM – Rafael Cecato – Presidente da ABRASEL NOROESTE

A experiência com a suspensão foi muito positiva. Nós mesmos cuidamos de monitorar a situação durante o vestibular realizado em dezembro de 2023, e não houve nenhum abuso na região. Os bares funcionaram normalmente e na verdade, eles nunca foram a razão dos problemas que aconteciam nas ruas durante os vestibulares até 2008″, explicou Cecato.