Rússia intensifica ataques no leste e sul da Ucrânia

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Ainda longe de um fim diplomático à vista, o leste e o sul da Ucrânia voltaram a estar na mira do fogo russo. A ofensiva de Moscovo, esta terça-feira, chegou horas depois de o Kremlin ter reforçado as exigências impostas a Kiev para colocar um termo à guerra.

Imagens que marcaram os meses de guerra na Ucrânia
Apesar da retirada russa de Kherson, os ucranianos continuam a chorar as vítimas dos bombardeamentos que não cessam. Ainda esta madrugada, a Rússia bombardeou uma maternidade da cidade no sul do país. Nenhuma vítima foi registada.

Noutra frente, a Ucrânia tenta travar um desastre humanitário devido às baixas temperaturas que se fazem sentir durante o inverno. As autoridades ucranianas estão a fazer todos os esforços para restaurar a rede elétrica no país e permitir à população entrar no Ano Novo com luz.

Zelenskyy anuncia objetivos para 2023

Mas as hostilidades parecem vir apenas reforçar os apelos de Volodymyr Zelenskyy à comunidade internacional.

Numa mensagem virada para um “futuro próximo”, o presidente ucraniano traçou já as metas para 2023, que, após a libertação da Rússia, passam pela “restauração da Ucrânia, o regresso do nosso povo a casa, uma maior aproximação do nosso Estado a parceiros-chave, a abertura de novas oportunidades para a Ucrânia no mundo”.

Nações ex-soviéticas reunidas na Rússia
A Ucrânia prepara-se no entanto para reforçar a defesa na fronteira com a Bielorrússia. A medida surge em resposta à parceira reforçada entre Vladimir Putin e Alexandr Lukashenko, na reunião das nações ex-soviéticas, esta terça-feira em São Petersburgo.

Apesar das crescentes perdas humanas e materiais e do crescente isolamento internacional, o Presidente russo não se mostra disposto a mudar de táctica. Numa recente entrevista à televisão russa, Putin afirmou que o seu ataque à Ucrânia visa “unir o povo russo”.

 

Putin veta exportação de petróleo

Vladimir Putin estendeu as hostilidades à restante comunidade internacional e decretou que, a partir de fevereiro e durante cinco meses, está proibida a exportação de produtos petrolíferos aos países que impuseram um teto aos preços do petróleo russo. euronews